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Porta-voz do Gabinete Federal de Intervenção, coronel Roberto
Itamar
Ft: Fernando
Frazão/Agência Brasil
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Ao completar três meses
nesta quarta-feira (16), a intervenção federal na segurança pública do Rio de
Janeiro entrará em nova fase. Se a primeira etapa foi dedicada a realizar
diagnósticos e promover mudanças nos comandos das polícias Civil e Militar e na
organização das secretarias ligadas ao tema, a partir de agora a população do
estado verá mais policiais e viaturas nas ruas. As afirmações são do porta-voz
do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), coronel Roberto Itamar.
“Após três meses de intervenção, a
população vai perceber mais policiamento nas ruas. Basicamente fruto do retorno
da RAS [Regime Adicional de Serviço, hora-extra policial], reposicionamento dos
efetivos e retorno de policiais que estavam cedidos a outros órgãos. [Os
policiais] também terão novas armas, coletes e viaturas”, anunciou Itamar.
O
coronel disse que serão mais 1,3 mil homens nas ruas e que novas viaturas vão
chegar, além das 265 que foram recém-entregues, totalizando 580 veículos. Ele
conversou por cerca de uma hora, nesta terça-feira (15), com as equipes da TV Brasil, Rádio Nacional e Agência Brasil na
sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que reúne representantes
das forças de segurança do estado e onde fica o general Walter Braga Netto,
interventor federal.
Itamar
adiantou que uma nova comunidade será ocupada pelos militares nos próximos
dias, a exemplo do que aconteceu na Vila Kennedy, zona oeste, onde o Exército
opera desde 23 de fevereiro, e que agora volta totalmente ao controle do 14º
Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Bangu. Segundo ele, os primeiros três
meses foram dedicados à realização de diagnósticos da situação, reordenamento
da estrutura de segurança, fortalecimento das corregedorias policiais e
mudanças no sistema penitenciário, fatores que são fundamentais, mas não
imediatamente percebidos pela população.
Roubo de
veículos
Questionado
sobre a situação na cidade do Rio, onde a população está assustada com
frequentes confrontes em morros e comunidades como Rocinha, Cidade de Deus, São
Carlos, Jacarezinho e outros, além de assaltos de rua, principalmente em
coletivos, Itamar disse que a percepção de segurança tende a melhorar nos
próximos meses. Ele citou a redução de 13% no roubo de veículos, de março para
abril, como um exemplo da diminuição da violência.“Devem ser anunciados, muito
em breve, a redução de vários índices de criminalidade, que traduzem a própria
sensação de segurança da população, incluídos os roubos de rua. Os resultados
estatísticos demoram um pouco a aparecer, mas a partir deste mês temos a
certeza de uma tendência de redução nos índices”, adiantou Itamar.
EBC
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