A
política de preços da estatal prevê reajustes dos combustíveis com maior
frequência
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Nelson disse que a paralisação dos petroleiros não terá
impactos
na produção de combustível no país
Foto: Daniel Castelo Branco
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A Petrobras voltou
a aumentar o preço da gasolina, depois de cinco quedas consecutivas do valor do
combustível. A partir desta quinta-feira, o preço nas refinarias subirá 0,74% e
passará a ser de R$ 1,9671 por litro.
Em maio, o preço do combustível nas refinarias da Petrobras acumula
alta de 9,42%, já que em 28 de abril o litro custava R$ 1,7977.
O diretor
executivo da Petrobras, Nelson Luiz Silva, disse nesta quarta que a
paralisação dos petroleiros por 72 horas não terá impactos na produção de
combustível no país. "Estamos observando e trabalhando para evitar
qualquer impacto na produção"”, disse a empresários, durante participação
no Fórum de Investimentos Brasil 2018, na capital paulista.
Para Silva, a greve dos petroleiros tem caráter político. A categoria
protesta contra a política de preços da Petrobras, a gestão da estatal e os
valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis.
Paralisação dos
caminhoneiros
Segundo o diretor, a Petrobras garantirá resultado econômico
equivalente ao anterior à greve dos caminhoneiros, que prejudicou o
abastecimento de combustível e alimentos no país.
A política de preços da Petrobras prevê reajustes dos combustíveis com
maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo no
mercado internacional e também a oscilação do dólar. "Se decido o
investimento assim e pratico depois, na hora que eu tenho o produto, uma regra
diferente, meu modelo econômico não vai parar em pé. Isso nos daria uma
desvantagem muito grande em relação a outras empresas, por exemplo, que fazem
ofertas para blocos do pré-sal", argumentou o diretor. "A nossa
independência, no sentido de definir o que é a melhor política de preços para a
companhia, está preservada", destacou.
A chefe da Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério de
Minas e Energia, Marisete Fátima Pereira, disse que a questão sobre os preços
dos combustíveis não está encerrada – o governo busca uma equação que atenda
aos anseios dos caminhoneiros sem afetar a meta fiscal. “Estamos buscando o
diálogo de forma que evolua, a economia volte a funcionar, porque está uma
situação delicada”, disse ela.
Por Agência Brasil
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