Um dos chefes do tráfico do Morro da Barão (São
José Operário), na Praça Seca, Sérgio Luiz da Silva, conhecido como Da Rússia,
foi morto durante operação da polícia e das Forças Armadas na manhã de sábado (19).
Da Rússia estava foragido há cerca de dois anos quando, quando foi apontado
como um dos responsáveis pelo estupro coletivo de uma menor de idade em 2016.
Segundo a polícia, Da Rússia era o homem forte da guerra na Praça Seca
e braço direito de Luiz Cláudia Machado, o Marreta, nas ruas.
Na ação deste sábado, pelo menos outros seis suspeitos morreram. Homens
do Exército e das polícias atuam também nas comunidade Bateau Mouche, Caixa
D'Água, Chacrinha, Mato Alto, Covanca e Pendura-Saia, todas na região da Praça
Seca.
Traficante escapou de outros cercos
Em junho de 2015 houve uma operação do Batalhão de Operações Especiais
(Bope) na comunidade da Covanca, na qual Da Rússia também era o chefe. Seis
pessoas morreram nessa ação e cerca de R$ 15 milhões do tráfico que estavam
escondidos em tonéis desapareceram.
A PM chegou a instaurar um inquérito policial militar, fez buscas em
armários dentro do próprio Bope, mas nunca chegou a uma conclusão do que
realmente aconteceu naquela operação. Na época, Da Rússia escapou.
Desde a noite desta sexta-feira (18), as forças de segurança realizam
uma megaoperação nas comunidades da Zona Oeste do Rio. Até as 8h30, nove
pessoas tinham sido presas na ação, que envolve cerco, estabilização dinâmica
da área e remoção de barricadas. Também são realizadas revistas seletivas de
pessoas e veículos também são realizadas.
Durante a madrugada e a manhã deste sábado (19), a autoestrada
Grajaú-Jacarepaguá foi interditada ao trânsito para ações das forças de
segurança. Não há interferência nas operações dos aeroportos.
Segundo o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Carlos
Cinelli, dois fuzis foram encontrados na mata próxima à comunidade Bateau
Mouche, provavelmente durante uma fuga dos criminosos pela mata da comunidade,
no início dessa manhã. Ao todo, até o mesmo horário, quatro fuzis tinham sido
apreendidos, duas granadas e três barricadas removidas.
Conforme informações do Gabinete de Intervenção, a Polícia Militar
bloqueia vias de acesso às comunidades e apoia as ações de estabilização
dinâmica, enquanto a Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais
e cumprirá mandados judiciais, condicionada às restrições constitucionais à
inviolabilidade do lar.
Ao todo, 2.800 militares das Forças Armadas, 300 policiais militares e
240 policiais civis, com apoio de meios blindados, aeronaves e equipamentos
pesados de engenharia, participam da ação.
Ainda de acordo com as forças de segurança, 150 mil moradores serão
beneficiados direta e indiretamente com a ação.
C/ SBT e G1
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