Objetivo é promover energia verde, eficiência energética e inovação tecnológica
Às vésperas da realização da Rio+20, que vai de quarta-feira (13) ao dia 22, no Riocentro, o Governo do Estado apresentou o detalhamento e o cronograma dos 35 projetos do Programa Rio Capital da Energia, que serão desenvolvidos para promover a eficiência energética, a inovação tecnológica e a energia verde no estado até 2015. Com participação do governador Sérgio Cabral e do ministro das Minas e Energia, Édison Lobão, na manhã desta segunda-feira (11), no Palácio Guanabara, o comitê estratégico do programa, composto por presidentes de empresas, entidades públicas e privadas e associações ligadas à área de energia, realizou a segunda reunião de trabalho desde sua criação, no ano passado.
O programa, que já assegurou investimentos de pelo menos R$ 500 milhões, foi criado em setembro do ano passado por decreto do governador, com o objetivo de mobilizar a sociedade e de concentrar recursos em torno da energia sustentável nos próximos anos, sob coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. Após a reunião, o secretário Julio Bueno anunciou o lançamento de uma campanha de mobilização da população para viabilizar os projetos de energia eficiente e sustentável.
– Lançamos um portal, com o endereço www.riocapitaldaenergia.rj.gov.br, que visa a massificação do conceito. Vamos criar também um quiosque móvel na Zona Sul do Rio, onde as pessoas possam obter informações gerais sobre fontes alternativas de energia, veicular peças publicitárias e realizar eventos e conferências para promover a marca do programa. Já está prevista uma feira de tecnologia na área de energia, para novembro, no Píer Mauá – listou Bueno.
Os 35 projetos foram escolhidos em uma lista de propostas apresentadas por instituições com sede no Estado do Rio que são parceiras do Governo do Estado no Rio Capital da Energia. Os projetos foram divididos em quatro pilares: eficiência energética, inovação tecnológica, economia de baixo carbono e massificação do conceito. A ideia é aplicar cada um deles em quatro setores estratégicos: transporte, indústria, construção e comércio/serviços.
A carteira de projetos será atualizada constantemente pelo comitê técnico do programa. Entre os projetos já existentes, que contam com recursos e cronograma definidos, estão alguns emblemáticos para o estado, como a instalação de painéis de energia solar no Maracanã e em bibliotecas públicas e a criação da primeira Zona Verde do país pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços e do Ambiente, na Ilha de Bom Jesus, contígua à Ilha do Fundão.
O comitê é formado por importantes empresas e instituições públicas e privadas, como Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Petrobras, CEG, Eletrobras, Eletronuclear, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Fecomércio, Firjan, Furnas, Light, Ampla, Light, MPX, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), PUC-Rio, Uerj e UFRJ/Coppe, entre outras.
Com lugar consolidado como o principal cenário do desenvolvimento energético do país, o Rio de Janeiro conta com empreendimentos geradores de energia, entre hidrelétricas, termelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), além das duas únicas usinas nucleares do país (Angra 1 e Angra 2) em operação, com a terceira (Angra 3) já em fase de instalação. O estado concentra ainda 80% da produção nacional de petróleo e 42% do gás natural, números que serão ampliados, nos próximos anos, com a exploração do pré-sal, onde 70% da área estão na costa fluminense.
O Estado do Rio também se destaca no debate sobre a política ambiental brasileira com uma série de projetos e programas voltados para a proteção da natureza. O Rio de Janeiro, que sediou o encontro mundial da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92), agora recebe a Rio + 20.
O secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse que a ideia é transformar o Estado do Rio em capital da sustentabilidade. Primeiro, com o Governo do Estado dando o exemplo, quando estabeleceu metas absolutas de eficiência energética em várias áreas do setor público, e agora envolvendo empresas e instituições privadas. O Governo do Estado estuda as taxas de dedução do teor de carbono por produto.
- A redução de teor de carbono na produção supõe aumento da eficiência energética ou geração de energia limpa. Quando mais se gasta energia mais se emite. Esta equação é simples: para reduzir as emissões, tem de ser mais eficiente no uso da energia. Um dos eixos do programa é exatamente a busca de alternativa e eficiência energéticas. E começamos bem, com 35 projetos. Qual o estado no Brasil que tem uma carteira assim? - ressaltou Minc.
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