Somente no Rio Grande do Sul, secretaria confirma pelo menos 510 casos da doença; outros 212 casos estão sob suspeita
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Foco é
identificar fonte do surto
Josué Damacena/IOC/Fiocruz
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Uma equipe do Ministério da Saúde
trabalha em campo junto com agentes do governo do Rio Grande do Sul e da
prefeitura de Santa Maria na investigação do surto de toxoplasmose identificado
no município gaúcho. Os técnicos da pasta devem permanecer na cidade até está segunda-feira
(18), quando será feita uma reunião com a equipe de investigação e gestores
locais.
De
acordo com o ministério, até 7 de junho, foram confirmados, laboratorialmente,
88 casos de toxoplasmose com indício de infecção recente. Já a Secretaria de
Saúde do Rio Grande do Sul confirma pelo menos 510 casos da doença. Há ainda,
em investigação, 212 casos suspeitos.
Além
do monitoramento do surto, a pasta informou que implementa ações como:
orientações técnicas para notificação, diagnóstico e tratamento;
disponibilização de contato permanente com médicos especialistas na doença; e
aquisição de insumos para a realização de análises laboratoriais.
“Além de identificar as pessoas doentes,
o Ministério da Saúde tem que identificar qual a fonte de infecção, para checar
se há algum risco de repetição”, destacou a pasta, por meio de nota.
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Água analisada
No início de junho, foram coletadas sete
amostras de água em Santa Maria. Quatro foram retiradas de açudes, duas de
poços artesianos e uma em vertente d’água. Os técnicos também recolheram duas
amostras de lodo dos reservatórios de água e duas de água dos reservatórios em
localidades onde existem registros de casos confirmados.
O material foi encaminhado ao
Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul para análise em
primeira triagem. De lá, as coletas serão encaminhadas para a Universidade
Estadual de Londrina, no Paraná, na próxima semana. Os resultados devem ser
divulgados em até 15 dias.
Doença
Conhecida como doença do gato, a toxoplasmose, de
acordo com o Ministério da Saúde, é causada por um protozoário e apresenta
quadro clínico variado – desde infecção assintomática a manifestações
sistêmicas extremamente graves.
A
infecção em humanos ocorre por três vias: contato direto com solo, areia e
latas de lixo contaminados com fezes de gatos infectados; ingestão de carne
crua ou mal cozida infectada (sobretudo carne de porco e de carneiro), e
infecção transplacentária durante a gravidez.
A
toxoplasmose não pode ser transmitida de humano para humano, com exceção das
infecções intrauterinas. De acordo com a pasta, cerca de 40% dos fetos de mães
que adquiriram a doença durante a gestação são infectados.
A
orientação para se prevenir a doença é evitar o uso de produtos animais crus ou
mal cozidos, eliminar as fezes de gatos infectados em lixo seguro, proteger as
caixas de areia, lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada e
evitar o contato de grávidas com gatos.
R7
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