Confira levantamento atual e saiba quais são os prováveis candidatos a presidente do Brasil este ano
A seis meses das eleições 2018, a movimentação dentro dos
partidos segue intensa para definir quais serão os nomes dessa disputa. Veja
abaixo uma lista de
pré-candidatos à Presidência que já despontaram e de prováveis
candidatos que ainda tentam emplacar na preferência dos partidos e eleitores.
Quem são
os possíveis candidatos a presidente em 2018?
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Lula (PT)
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava
Jato, segue apontado pelos líderes do PT como o único nome do partido para a
disputa eleitoral. O petista está virtualmente inelegível pela Lei da Ficha
Limpa, mas só pode ter a candidatura oficialmente negada após o registro da
mesma na Justiça Eleitoral, o que deve acontecer até 15 de agosto. Na última
pesquisa presidencial do Datafolha, realizada após sua prisão, Lula perdeu
pontos, mas ainda lidera as intenções de voto para presidente do Brasil.
Jair Bolsonaro
(PSL)
No sétimo
mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro é um dos nomes mais fortes entre
os pré-candidatos à Presidência. O capitão da reserva do Exército figura em
segundo lugar nos cenários com Lula e lidera as intenções de voto sem o petista
na maior parte das pesquisas presidenciais até o momento. O escolhido do PSL,
no entanto, pode enfrentar problemas na Justiça: o parlamentar foi denunciado
ao STF pela PGR por racismo praticado contra quilombolas, indígenas,
refugiados, mulheres e LGBTs.
Marina
Silva (Rede)
A
ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente é nome praticamente certo entre os
candidatos à Presidência. Terceira colocada em 2014, quando recebeu cerca de 20
milhões de votos, Marina Silva também ocupa a terceira posição nas pesquisas
para as eleições 2018. A fundadora do partido Rede Sustentabilidade ainda é
apontada como uma provável "herdeira" de parte dos votos de Lula, se
a candidatura do petista não for autorizada pela Justiça Eleitoral.
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Ciro Gomes (PDT)
O
ex-governador do Ceará é outro dos prováveis candidatos que pode ver seu
eleitorado crescer com o impedimento de Lula. A expectativa do PDT é que Ciro
Gomes também herde votos do petista, principalmente no Nordeste. Atualmente
filiado ao sétimo partido de sua carreira, já foi ministro da Fazenda nos
governos de Itamar Franco e FHC, ministro da Integração Nacional de Lula e
disputou a Presidência da República em 1998 e 2002.
Em
entrevista a TV Estadão, o pré-candidato à Presidência da República
pelo PDT diz que uma aliança com o PT nesse momento é improvável.
Geraldo Alckmin
(PSDB)
Após
vencer a disputa interna dentro do PSDB, Geraldo Alckmin deixou o Governo de
São Paulo no início de abril para se dedicar à disputa presidencial. As pesquisas
de intenção de voto, no entanto, ainda não empolgam os tucanos. No Datafolha
mais recente, Alckmin registrou 8% no melhor dos cenários. O levantamento ainda
apontou o que pode ser outro problema: o ex-governador tem apenas 36% da
aprovação do eleitorado paulista. O número é pouco mais da metade dos 66% de
aprovação em 2006, quando Alckmin também disputou a Presidência.
Aldo Rebelo (SD)
A chegada
de Joaquim Barbosa ao PSB pode não se concretizar na candidatura do jurista,
mas já gerou um novo nome na disputa para o Planalto. Aldo Rebelo deixou a
sigla logo depois da filiação do ex-ministro do Supremo, entrou para o
Solidariedade e já foi oficializado como pré-candidato à Presidência da
República pelo novo partido.
Manuela D'Ávila
(PCdoB)
O PCdoB
oficializou, em novembro do ano passado, a deputada estadual gaúcha Manuela
D'Ávila como a pré-candidata do partido à Presidência. Apoiador do PT em todas
as eleições desde a redemocratização, esta é a primeira vez que o partido lança
candidato próprio desde o fim do regime militar. Segundo a sigla, a iniciativa
não significa uma ruptura com os petistas. A própria Manuela é uma das
principais vozes políticas em defesa do ex-presidente Lula atualmente.
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Guilherme Boulos
(PSOL)
Também
integrante da linha de frente contrária à prisão de Lula, Guilherme Boulos é o
pré-candidato do PSOL para a eleição presidencial. Apesar da atuação em defesa
do petista, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já declarou
em entrevista ao Estado que não acredita em uma eventual
"união da esquerda" em torno de um só candidato no primeiro turno das
eleições 2018.
Álvaro Dias
(PODEMOS)
O
político do Paraná, que já foi do PSDB e recentemente estava filiado ao Partido
Verde (PV), é o pré-candidato do Podemos para o Planalto. A ideia da nova sigla
(antigo Partido Trabalhista Nacional) não é ser um partido de oposição, mas
"independente". Segundo Álvaro Dias , o partido lutará por causas específicas,
mas não terá uma bandeira definida.
Rodrigo Maia (DEM)
Com
números tímidos de intenção de voto nas pesquisas eleitorais, o presidente da
Câmara dos Deputados Rodrigo Maia é o pré-candidato do DEM para presidente do
Brasil. No quinto mandato consecutivo como deputado federal, Maia tenta se
viabilizar como um nome de centro e uma alternativa à polarização entre PT e
PSDB.
Josué Gomes (PR)
Dono da
Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué Gomes deixou o MDB
em abril para se filiar ao PR. No final de maio, o empresário se colocou a
disposição do novo partido para ser candidato nas eleições 2018, mas afirmou
que uma eventual candidatura tem de surgir de forma "natural".
"Qual brasileiro não ficaria honrado de ser presidente da República ou de
disputar a Presidência? Acho que todos. Mas não se trata disso. Isso não é uma
pretensão pessoal. Não pode ser encarado dessa maneira", disse.
Josué
Gomes também é cogitado como vice em chapas encabeçadas por nomes de outros
partidos. O empresário já elogiou as pré-candidaturas de Henrique Meirelles,
Rodrigo Maia e Flávio Rocha. Outra possibilidade é compor a chapa do
pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, o qual afirmou em entrevista ao Estado que já
convidou Josué Gomes para ser seu vice. Até o momento, a única aliança
descartada pelo empresário é com o deputado federal Jair Bolsonaro.
João Amoêdo (Novo)
O
empresário João Amoêdo é o pré-candidato do Partido Novo para a Presidência da
República. Com passagens por Unibanco e Itaú-BBA, Amoêdo defende a imediata
privatização das empresas estatais brasileiras, mas rejeita o rótulo de
"candidato do mercado financeiro".
Flávio Rocha (PRB)
Dono das
lojas Riachuelo, Flávio Rocha é pré-candidato pelo PRB e se apresenta como um
liberal na economia, reformista, privatista e conservador nos costumes. Com uma
fortuna avaliada em US$ 1,3 bilhão, o empresário já figurou na revista Forbes
como o 39.º homem mais rico do Brasil.
Henrique Meirelles
(MDB)
O
ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles é o pré-candidato do MDB para a
corrida presidencial. As especulações que cogitavam a possibilidade de
candidatura de Michel Temer foram afastadas depois que o atual presidente
anunciou em discurso que desistiu de disputar um novo mandato. Para se tornar
efetivamente candidato, Meirelles ainda terá de ser aprovado pela convenção do
MDB, que será realizada em julho.
Fernando Collor
(PTC)
Eleito
presidente em 1989, o senador Fernando Collor é um dos pré-candidatos para as
eleições 2018. No discurso realizado no Congresso Nacional para anunciar sua
intenção de voltar ao Planalto, Collor disse ter a "experiência, a
coragem, o equilíbrio e maturidade" necessárias para comandar o País. A
candidatura, no entanto, também é interpretada como uma estratégia para
garantir a sobrevivência de seu partido, o nanico PTC.
Paulo Rabello de
Castro (PSC)
Ex-presidente
do BNDES, Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para ser candidato à
Presidência. O executivo era filiado ao Partido Novo, mas deixou a sigla em
outubro para se integrar ao PSC. Com carreira no mercado financeira, Castro é
um dos nomes mais desconhecidos na atual lista de candidatos.
Levy Fidelix
(PRTB)
Candidato
a presidente do Brasil em 2010 e 2014, Levy Fidelix deverá ser novamente o
representante do PRTB na corrida presidencial das eleições 2018. No último
pleito, Fidelix recebeu 446.708 votos, o equivalente a 0,46% do eleitorado
brasileiro. Entre as principais propostas do pré-candidato estão a isenção de
impostos para medicamentos e itens da cesta básica, a flexibilização do
Estatuto do Desarmamento e a criação de "navios-presídios".
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PSB
O
ex-presidente do STF Joaquim Barbosa se filiou ao PSB dentro do prazo legal
exigido pela Justiça Eleitoral e criou muita expectativa sobre sua participação
nas eleições 2018. No entanto, depois de algum suspense, anunciou que não será
candidato a presidente. O partido deverá discutir agora se lançará ou não uma
candidatura própria. Enquanto o vice-presidente de Relações Governamentais Beto
Albuquerque defende que o PSB tenha um nome próprio para o Planalto, o
governador de São Paulo Márcio França acredita que a sigla deveria apoiar a
candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), seu ex-companheiro de chapa no Estado.
Carlos Siqueira, presidente nacional do partido, disse que o assunto será
discutido nas próximas semanas.
Calendário dos
candidatos a presidente
De acordo
com os prazos determinados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos
devem realizar entre os dias 20 de julho e 5 de agosto as convenções para
escolha dos candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador
e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal e deputado
estadual.
Os
pedidos de candidatura devem ser enviados para a Justiça Eleitoral até o dia 15
de agosto. Os requerimentos serão julgados até o dia 17 de setembro.
Terra
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