sábado, 30 de julho de 2022

Produtores rurais fluminenses terão mais crédito agrícola, anuncia Banco do Brasil em reunião do CEAAB




O estado do Rio de Janeiro teve um aumento de 31% no crédito rural da safra 2021/22, segundo os números apresentados pela Gerência de Crédito Agrícola do Banco do Brasil, na reunião do Conselho Empresarial de Agronegócios, Alimentos e Bebidas da Firjan (CEAAB) na quarta, 27/07. Mais financiamento para os produtores é uma reivindicação antiga da cadeia produtiva.

“A percepção é que o Rio de Janeiro contrata pouco crédito rural, quando comparado a outros estados. De tudo o que foi contratado no Brasil na safra passada, correspondeu a 0,48%. Há espaço para um financiamento maior da cadeia agropecuária fluminense”, defendeu Antonio Carlos Celles Cordeiro, presidente do CEAAB.

Para estar mais próximo do produtor do Rio, Fernando Doherty, gerente de Crédito Agrícola do Banco do Brasil, contou que o BB volta a ter uma Superintendência de Crédito Rural no estado. Antes estava vinculada à de Minas Gerais. “Na safra 2021/22, o BB já reservou R$ 391 milhões em mais de 5 mil operações. Para o país, já foram desembolsados R$ 153 bilhões em uma safra recorde. Nosso papel é fomentar o pequeno e o médio produtor. Na carteira do Rio, a maioria é do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar)”, enumerou.

“Temos que parabenizar todo esse esforço do BB em favor do agro. Vemos com muito bons olhos, apoiamos e queremos estar perto nessa jornada”, ressaltou Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan.

Para a safra 22/23, o BB tem objetivo de aumentar em 48% o volume de crédito rural no Rio em relação à safra anterior. Será um total de R$ 580 milhões em operações de comercialização, investimento e custeio. Há ainda linhas para aquisição de propriedades rurais e projetos de preservação ligados à sustentabilidade. Das 198 agências do banco no Rio, 92 são vocacionadas ao agro. É possível também pedir financiamento através de correspondentes bancários, como por exemplo a Emater e outras empresas, como as de revenda de máquinas agrícolas.

“A interlocução da Firjan com o BB traz uma relevância ao setor agro e para fomentar o desenvolvimento. A reestruturação do banco já se faz sentir com essa nova posição na Superintendência Agropecuária”, observou Kátia Espírito Santo, produtora da cachaça Quinta, de Carmo.

Segundo Doherty, o BB tem desenvolvido outras ações para levar ao produtor a informação e as orientações para tomada do crédito, como os Circuitos de Negócios Agro no Rio, que em agosto acontecerão em Itaperuna, Valença e Nova Friburgo; e os Circuitos de Treinamento, previstos para vários municípios. “Com a pandemia, muita informação não chegou ao produtor. Agora esses encontros estão sendo um marco, além da volta das feiras agropecuárias”, afirmou.

Outro tema da reunião foi o cenário econômico atual e as perspectivas, apresentado por Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

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