domingo, 31 de julho de 2022

Industriais do Norte Fluminense estão otimistas para o segundo semestre, aponta Firjan






Apesar do cenário econômico nacional e mundial turbulento, os empresários do Norte Fluminense se mostram otimistas para o segundo semestre, com expectativas de aumento na demanda por produtos, nas exportações e na abertura de vagas de trabalho. As informações foram reveladas pelos próprios industriais à Sondagem Industrial, levantamento periódico da Firjan sobre a opinião empresarial, a fim de identificar as situações passadas e expectativas futuras da indústria.

A principal incerteza, no entanto, continua sendo com relação à compra de matérias-primas, cujas expectativas se mantiveram em estabilidade. E, apesar das perspectivas positivas, os industriais da região ouvidos na pesquisa ainda estão céticos em relação a novos investimentos nos próximos seis meses. O indicador de intenção de investimentos da região registrou 37,1 pontos em julho, se distanciando da linha dos 50 pontos - valores acima de 50 pontos indicam aumento e abaixo de 50 pontos indicam queda.

“Os problemas com aquisição de insumos vêm desde o início da pandemia, mas permanecem diante do contexto inflacionário, da alta de juros e da desaceleração econômica mundial. Ainda temos um semestre de eleições nacionais pela frente, que sempre causam hesitação a novos investimentos. Mas os números de emprego corroboram as expectativas positivas, e confiamos que a resiliência do empresariado vai ajudar a superar as adversidades”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

Diante das dificuldades, a atividade industrial da região registrou queda em junho: o “Volume de Produção” ficou em 43,9 pontos. Apesar disso, a utilização da capacidade instalada cresceu levemente ao longo do trimestre e registrou 61% em junho, se mantendo acima da média histórica para o indicador.

Confiança em alta no estado

O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ) atingiu em junho o maior patamar registrado este ano (58,8 pontos), mas recuou para 55,6 em julho. A retração – que ainda assim, indica a manutenção das perspectivas otimistas dos empresários – também foi influenciada pelo contexto inflacionário, alta de juros e desaceleração econômica mundial, que continua impactando no fornecimento e no custo das matérias-primas.

A perspectiva para os próximos seis meses se mantém no campo otimista no estado, segundo o Índice de Expectativas, que assinalou 59,5 em julho, permanecendo acima da média do ano (58,7). O otimismo para o segundo semestre se deve, em especial, pela situação das próprias empresas, que registrou 62,2 pontos em julho. As expectativas quanto à economia brasileira (54,6 pontos) e em relação ao estado (53,3 pontos) também permanecem otimistas, apesar de leve redução na passagem do mês.

Já o Índice de Condições Atuais retornou ao campo pessimista (47.7), após indicar otimismo no mês anterior. Este quadro foi influenciado pela piora na avaliação da economia brasileira, que recuou 6,8 pontos de um mês para o outro. O nível de confiança em relação ao estado (44,7) segue abaixo da linha divisória dos 50,0 pontos pelo décimo primeiro mês consecutivo. Já a percepção quanto às condições das empresas retornou ao campo pessimista após três meses de confiança em alta.



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