Uma das formas de contágio é o contato com superfícies contaminadas Fabio Rodrigues Pozzebom |
A Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), por meio do Setor de Saneantes do Departamento de Microbiologia do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), orienta sobre a
limpeza e a desinfecção correta dos utensílios e ambientes, como forma de evitar
o novo coronavírus.
Uma das formas de
contágio do coronavírus é o contato com superfícies e objetos contaminados
(como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.) e
também com pessoas doentes, pelo contato de mão, gotículas de saliva, espirro,
tosse. A chefe do Setor de Saneantes da fundação, Bruna Sabagh, explica como a
população deve proceder.
Segundo ela, no caso de
utensílios e objetos, a limpeza com água e sabão é considerada eficiente para a
descontaminação. Quando essa limpeza não é possível, é necessário então o uso
de desinfetantes. Entre os desinfetantes que podem ser utilizados estão álcool
etílico, nas formas de líquido e em gel a 70%, hipoclorito de sódio,
quaternários de amônio e compostos fenólicos.
Além da desinfecção e
limpeza das superfícies e objetos, Bruna Sabagh ressalta a orientação do
Ministério da Saúde com os cuidados que se deve ter ao chegar da rua.
“A recomendação é que
as pessoas não saiam de casa, fiquem em afastamento social. Em casos de extrema
necessidade, no entanto, pessoa deve, ao chegar da rua, tirar os calçados e
limpá-los em um local separado em casa, lavar as mãos com água e sabão, trocar
a roupa e lavá-la imediatamente e, em seguida, tomar banho”. De acordo
com Bruna, também é recomendável “que sejam higienizados os objetos que levou
para rua, como carteira, chaves e celular, bem como os que trouxe dela, como
sacolas de compras”.
Cientistas dos Estados
Unidos, de universidades e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
desenvolveram o estudo Aerosol and surface stability of HCoV-19 (SARS-CoV-2)
compared to SARS-CoV-1, identificando a sobrevida do vírus em
várias superfícies: aço inoxidável, três dias; plástico, três dias;
papelão, um dia; cobre, quatro horas. Por isso, a desinfecção e limpeza
devem abranger todos os locais que podem estar com o coronavírus presente,
incluindo o chão, as maçanetas, o corrimão, os interruptores de luz, as superfícies
de móveis, chaves e embalagens de produtos.
EBC
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