Prefeitura local tomou providências um dia depois de a OMS declarar a pandemia do coronavírus
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Cidade
serrana do centro-norte do Rio é exemplo de combate à propagação do coronavírus
Foto: Divulgação/Prefeitura de Trajano de Moraes
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Dos 92
municípios do Estado do Rio, Trajano de Moraes, a 222 quilômetros da capital e
com população de pouco mais de 12 mil habitantes, é o único que não havia
registrado até a manhã desta quinta-feira nenhum caso oficial de covid-19. Para
muitos de seus moradores, o fato está relacionado diretamente às medidas que a
prefeitura adotou ainda na primeira quinzena de março, no dia seguinte ao
anúncio da pandemia pela Organização Mundial de Saúde.
Naquela
oportunidade, em 12 de março, o prefeito Rodrigo Viana (DEM) decretou a
proibição de eventos públicos que juntassem mais de 60 pessoas, incluindo
feiras, cavalgadas, torneios esportivos, encontros temáticos (carros,
motocicletas), festas, inaugurações, etc.
Além disso, determinou na
mesma data que funcionários de estabelecimentos comerciais da cidade que
apresentassem qualquer sintoma de gripe, como tosse, dor de garganta,
prostração ou falta de ar, deveriam ser encaminhados imediatamente a uma
unidade de saúde e só regressar ao trabalho com autorização médica.
Também estabeleceu a obrigatoriedade do álcool gel à disposição
de clientes em bares, restaurantes e lojas comerciais.Essas iniciativas se
juntaram a várias outras, como desinfecção de ruas e praças e bloqueios de
acessos à cidade, a partir 20 de março, e ajudaram a evitar a circulação do
vírus por ali. Trajano de Moraes é um município de passagem entre a região
serrana e o litoral do Estado, por meio da RJ 174.
Ainda naquele mês, quem utilizasse essa
via passou a ser orientado por policiais, em barreiras sanitárias, a não fazer
nenhuma parada ao cruzar a cidade.
“No começo, fomos muito criticados por ter
agido com rigor. Mas certamente isso ajudou a impedir a propagação da covid-19
na nossa cidade. Não sabemos até quando, é verdade. Nenhum lugar está livre
disso. O que vale é a convicção de ter feito o que era mais correto para
proteger os trajanenses”, disse o prefeito de Trajano de Moraes ao Terra.
Terra
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