Jair Bolsonaro aceitou ajuda tecnológica oferecida por Benjamin Netanyahu na maior catástrofe humana após barreira se romper em MG
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Premiê israelense Benjamin Netanyahu
Foto: Peter Andrews/Reuters
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O
primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu informou pelo Twitter que
ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro para que Israel ajude no resgate das vítimas da tragédia
com o rompimento da barragem de Córrego do Feijão,
ocorrido na tarde de sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da região
metropolitana de Belo Horizonte (MG).
“Após
o desastre do colapso da barragem no Brasil, que levou a centenas de pessoas
desaparecidas, falei com o presidente Jair Bolsonaro e sugeri a ele que
Israel enviasse ajuda imediata ao local para procurar pelos desaparecidos”,
escreveu Netanyahu.
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Também
pela rede social, o presidente Jair Bolsonaro informou sobre o telefonema,
dizendo que o Brasil aceita a colaboração tecnológica de Israel.
“Por telefone o primeiro-ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu nos ofereceu ajuda para a busca de desaparecidos
no desastre de Brumadinho/MG. Aceitamos e agradecemos mais essa tecnologia
israelense a serviço da humanidade”, disse Bolsonaro pelo Twitter.
O
presidente brasileiro se disse emocionado diante do cenário que viu ao
sobrevoar a área devastada pelo rompimento da barreira.
“Difícil
ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao
nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar
justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem
dos brasileiros e do meio ambiente”, declarou Bolsonaro.
De acordo com informações
de Netanyahu, a delegação de Israel deverá chegar ao local da tragédia no
domingo (27), com equipamentos que auxiliarão no resgate das vítimas.
Danos humanitários
Mortes,
destruição ambiental e material. Esse é o cenário desolador com o qual
moradores e autoridades de Brumadinho, estão lidando após o rompimento de uma
barragem de resíduos minerais de responsabilidade de empresa Vale do Rio Doce.
O mesmo tipo de catástrofe aconteceu em 2015, na cidade de Mariana, com a
barragem do Fundão que matou 19 pessoas. Porém, desta vez o número de vítimas
deve ser maior.
O
rompimento aconteceu em horário comercial, quando havia mais de 300
funcionários na empresa – parte deles estava no refeitório, almoçando, quando o
local foi atingido pela enxurrada de lama. Há centenas de desaparecidos,
segundo dados da Prefeitura de Brumadinho e da Vale, empresa responsável pela
barreira.
Um
ônibus inteiro foi encontrado, mas ainda não foi retirado da lama. O veículo é
de propriedade da Vale e estava com funcionários da empresa. Não se tem ainda o
número de ocupantes. A médica Marcelle Porto Cangussu, 35 anos, foi a primeira
vítima identificada da tragédia.
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O especialista em resgates explica que o tempo é inimigo dos profissionais devido às condições da tragédia Foto: Lucas Prates / Hoje em Dia |
Os
trabalhos de resgate estão sendo feitos pelos Bombeiros, Polícia Militar e
Defesa Civil de Minas Gerais, que contam com ajuda de diversas corporações e
técnicos de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.
O
governo federal publicou decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão
de Repostas a Desastre. A finalidade é acompanhar e fiscalizar as atividades a
serem desenvolvidas em decorrência do desastre.
O
meio ambiente também foi seriamente atingido pelos dejetos liberados no
rompimento da barragem. A lama atingiu o Rio Paraopeba, afluente do Rio São
Francisco, que abastece a cidade.
O
Ibama enviou equipes da coordenação de Emergências Ambientais para o local
imediatamente após o primeiro alerta de rompimento. O órgão expediu multa de R$
250 milhões à Vale pela “catástrofe socioambiental”.
Em nota, o Ibama afirmou
que “os danos ao meio ambiente decorrentes do rompimento de barragens da mina
Córrego do Feijão resultaram até o momento em cinco autos de infração no
valor de R$ 50 milhões cada, o máximo previsto na Lei de Crimes Ambientais”.
Números
Até
ás 17h50 horas deste sábado (26), os números oficiais são:
34
pessoas mortas;
299
desaparecidas (sendo 166 funcionários da Vale e 133 empresas terceirizadas);
46
pessoas resgatadas.
Guiame
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