sábado, 12 de fevereiro de 2022

Faetec de Petrópolis incentiva a participação de mulheres na ciência

 

Foto: Internet

Uma iniciativa criada em 2015 com o intuito de incentivar a participação de mulheres nas ciências vem quebrando barreiras, desfazendo estereótipos e colhendo vitórias num setor predominantemente masculino: Tecnologia da Informação (TI). Intitulado "Mulher (Ada)", o projeto da Faeterj Petrópolis, unidade de Educação Superior da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), tem como proposta uma abordagem multidisciplinar, que envolve todo o coletivo institucional e promove uma maior consciencialização e interesse de mulheres jovens na carreira. Para isso, as cientistas contam com o laboratório de robótica, o (Sir Lab) da unidade.

Para a professora Lucimar Cunha, idealizadora do projeto, o objetivo é incentivar e atrair a participação das alunas para as diversas áreas de TI e inspirar na Região Serrana uma nova geração de talentos, liderada por mulheres interessadas numa carreira profissional na área das TIC.

- Este projeto trata de questões sobre a naturalização de estereótipos cristalizados na sociedade, incentivando a discussão de gênero na comunidade acadêmica e ampliando os espaços de trocas e experiências, de uma política institucional sólida de defesa dos direitos humanos, respeito à diversidade, destinada a combater o sexismo, o racismo, a homofobia, o assédio moral, o preconceito social e quaisquer outras formas de discriminação - disse Lucimar Cunha.

O Mulher (Ada) planeja, para este ano, o lançamento de história em quadrinho, tendo a inglesa Ada Lovelace (a primeira mulher a contribuir significativamente para os programas de computadores atuais) como personagem principal. Produzida pela designer gráfica Clara Gomes, a ideia será convertida em animação, com apoio dos próprios alunos, numa conexão com as atividades desenvolvidas no laboratório de audiovisual da Faeterj Petrópolis, a ser inaugurado ainda em 2022. A trilha sonora desta animação será produzida por Rosane Gonçalves, secretária acadêmica da unidade.

Todo este trabalho conta ainda com o apoio da pedagoga Vanderléa Moussa, 54 anos. Para ela, com o Mulher (Ada), as estudantes conseguiram se tornar protagonistas de suas histórias quando o assunto é ciência.

- A importância de projetos, como a Robótica e o Projeto Mulher(Ada), visa dar espaço para as meninas/mulheres atuarem de forma mais direta na área de tecnologia, um espaço ainda essencialmente masculino. Mas acredito que, com projetos como este da nossa faculdade, nós já estamos conseguindo ser protagonistas e até estimular outras meninas/mulheres para a área de tecnologia - disse Vanderléa.

A excelência dos programas fez com que, em 2021, o “Meninas na Robótica Para a Participação em Olimpíadas Científicas” fosse contemplado pelo programa “Meninas e Mulheres nas Ciências”, incentivo oferecido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), cujo edital está em fase de conclusão.

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