Queda acumulada em 2020 tem
relação com a queda na demanda; não houve redução nos impostos
Entre os dias 12 e 18 de
abril, o etanol estava custando R$ 2,796/L no preço médio, enquanto
na semana anterior, R$ 2,864/L.
O diesel S10 e o diesel comum
foram de R$ 3,439/L e R$ 3,338/L entre 29 de março e 4 de abril, para R$
3,416/L e R$ 3,318/L. Em comparação, a gasolina variou de R$
4,149/L para R$ 4,095/L.
Todos os preços acima são
médios, pesquisados nas bombas de postos em todo o Brasil.
A Petrobras constatou
que a gasolina teve redução de 8% e o diesel (S10 e S500), de 6%.
Por conta do surto do novo
coronavírus, o mercado visualizou diversas quedas no consumo de combustível, o
que explicaria parte dessas reduções. “A Petrobras leva em conta a
paridade internacional, em relação ao valor do barril, cesta de óleos e o
dólar. Existe uma análise que é feita para tomar as decisões, que vão de acordo
com preço internacional do petróleo”, afirmou o porta-voz.
Apesar das várias
reduções, o preço da refinaria é sempre diferente do valor cobrado ao
consumidor final.
Na Petrobras, o preço médio da
gasolina sai da refinaria por R$ 0,99, enquanto o do diesel fica por R$ 1,50.
Isso ocorre por conta dos impostos e taxas que são adicionados, junto com o
valor que permanece inalterado para distribuição e revenda.
O Instituto Brasileiro de
Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) esclareceu que não existe
uma transmissão imediata ou equivalente dos descontos aplicados nas refinarias
da Petrobras aos consumidores, já que os tributos permanecem os mesmos, assim
como o preço dos biocombustíveis.
Além disso, o estoque das
distribuidoras pode durar até três semanas, portanto uma redução resultaria em
prejuízo, já que o produto armazenado foi adquirido com os preços anteriores.
Como a demanda por combustível
diminuiu durante a quarentena, devido ao isolamento social, os postos de
serviço tiveram pedidos fracionados e em menor volume, o que elevou o custo
unitário do produto.
AutoEsporte
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