Substância, que não teve nome revelado, mostrou resultados promissores em análises in vitro nos laboratórios, afirmou Marcos Pontes
Medicamento está
disponível no mercado brasileiro
Pixabay
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A Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa aprovou o teste de um medicamento já existente em 500 pacientes com
covid-19, informou o ministro Marcos Pontes, do MCTIC (Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações) nesta quarta-feira (15).
O nome da substância,
que teve resultados promissores em ensaios laboratoriais, não foi revelado pelo
ministro, "para evitar uma correria em torno deste medicamento".
As pesquisas iniciadas
pelo ministério foram feitas pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia
e Materiais) e envolvem a busca por um medicamento que já se encontre no
mercado e possa ter resultados contra o novo coronavírus, chamada
reposicionamento de fármacos.
Seis moléculas se
mostraram promissoras, sendo que uma delas, a que será estudada em humanos,
apresentou 94% de eficácia nos ensaios in vitro (com células infectadas em
laboratório).
Marcos Pontes ressaltou
que não é a cloroquina que está sendo estudada, mas um
"remédio sem efeito colateral".
"O fato de ele não
ter esses efeitos colaterais significa que pode ser usado por qualquer pessoa
desde o início do problema", disse.
Apenas pacientes
internados em sete hospitais selecionados serão submetidos ao teste. Eles
receberão o remédio por via oral durante cinco dias e permanecerão por mais
nove dias em observação.
"Esperamos que
estes testes sejam concluídos em aproximadamente quatro semanas, a depender da
entrada desses pacientes", disse Pontes.
O ministro admitiu, no
entanto, que é preciso aguardar o resultado do ensaio clínico.
"Existe
possibilidade de isso não funcionar? Existe. Ciência é sempre assim",
embora tenha se mostrado otimista.
R7
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