Comando Conjunto Leste fala em 'cenário hipotético' ao consultar capacidade de sepultamento em massa
O Exército brasileiro,
por meio do Comando Conjunto Leste, enviou um ofício a prefeituras do interior
do Rio de Janeiro em que questiona a capacidade de sepultamento em massa desses
municípios. Escrito em 9 de abril, o documento pede que seja realizado um
“levantamento de dados estatísticos referentes a quantidade de cemitérios,
disponibilidade de sepulturas e capacidade de sepultamentos diários, em suas
respectivas áreas de responsabilidade.”
Quem
assina o ofício é o coronel Luis Mauro Rodrigues Moura,
chefe da Seção de Serviço Militar. O Comando Conjunto Leste tem atuação no Rio,
no Espírito Santo e em Minas Gerais. O documento foi
exposto nas redes sociais do prefeito de Três Rios,
no interior fluminense, Josimar Salles (PDT).
“Diante de um documento como esse vindo de
uma instituição das mais respeitadas do Brasil, o Exército brasileiro, pedindo
informações sobre o número de cemitérios, o número de sepulturas, a nossa
capacidade para poder sepultar pessoas, eu não posso de forma alguma afrouxar
as nossas medidas”, disse ele. “Se o Exército está perguntando isso é porque
estão fazendo o levantamento estatístico sobre a possibilidade de um caos na
nossa Saúde pública.”
Em
nota, o Comando Conjunto Leste afirmou que planeja sua atuação com base em
cenários hipotéticos, “visando mitigar os efeitos nocivos da pandemia junto à
sociedade.” O documento, diz o Exército, tem como objetivo coletar dados para
um dos cenários aventados.
Os militares também disseram que estão
atentos às consequências da pandemia e que, “sob a ótica da missão
constitucional do Exército Brasileiro e da proteção da Família Militar”, apoiam
o “esforço nacional” de combate ao coronavírus.
No Rio,
301 pessoas já morreram vítimas da Covid-19. Ao todo, 3.944 foram confirmados
no Estado até a tarde desta quinta-feira, 17.
Estadão
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