A Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro (Alerj) repassará R$ 100 milhões à Secretaria Estadual
de Saúde para auxiliar no enfrentamento do coronavírus nos 92 municípios
fluminenses. O anúncio foi feito pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano
(PT), nesta quarta-feira (18/03) durante sessão no plenário em que os
parlamentares votaram várias propostas relacionadas ao combate, no estado,
contra essa pandemia.
De acordo com Ceciliano, os
recursos serão repassados em 48 horas à Secretaria de Saúde que irá destinar
cerca de R$ 1 milhão a cada um dos municípios do estado. O objetivo é ajudar na
ampliação das equipes do programa médico de família, treinamento de equipes de
saúde na Fiocruz e para criar unidades de referência e de triagem para evitar
lotação em hospitais e postos de saúde nas cidades do estado.
“Os municípios não têm
estrutura de saúde e por isso a Alerj decidiu apoiar o Estado e as cidades
neste momento em que vivemos uma pandemia da doença. São recursos do orçamento
próprio da Casa que ajudarão os municípios a estruturarem, principalmente,
centros de triagem para atendimento das pessoas com sintomas da doença”, disse
o presidente da Assembleia, que aprovou a medida na última terça-feira (17/03)
em reunião da Mesa Diretora.
Desde a semana passada, a
Alerj vem adotando medidas de prevenção ao coronavírus, entre elas a suspensão
das audiências públicas, reuniões de comissões e visitas guiadas ao Palácio
Tiradentes, além do acesso restrito aos deputados, servidores e imprensa. Nesta
quarta-feira, muitos deputados que não puderam comparecer à sessão plenária
votaram remotamente pelo grupo de WhatsApp dos parlamentares.
A partir da semana que vem, só
haverá sessão uma vez por semana, nas quartas-feiras. Os funcionários maiores
de 60 anos, bem como os que têm problemas cardíacos, respiratórios e doenças
crônicas seguem afastados para evitar aglomeração e circulação em transporte
público. Os departamentos foram autorizados a estabelecer rodízio e também
escala de servidores em trabalho remoto.
“Essa pandemia vai ter um
impacto muito grande na saúde e depois na economia, na vida das pessoas,
principalmente as mais pobres. Por isso, temos que manter o Parlamento
funcionando, mesmo que de forma reduzida. O Legislativo é o lugar no qual as
demandas são ouvidas e onde construímos soluções”, afirmou Ceciliano.
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