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Morador de Londres toma sol na varanda porque Reino Unido
está em quarentena
Foto: Dylan Martinez/Reuters
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A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) apresentou
preocupações com as declarações do presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento
oficial na última terça-feira sobre a Covid-19. Ele defendeu a retomada das
aulas e voltou a se referir à doença como "resfriadinho".
“Também concordamos que devemos ter enorme
preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os
empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista
científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a
disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão
comunitária”, afirma o texto assinado por Clóvis Arns da Cunha, presidente da
SBI.
A medida, segundo os infectologistas do grupo, deve ser associada ao isolamento
respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de
proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização
frequente das mãos por toda a população.
A nota aponta ainda que é “temerário” dizer
que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália seja
relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu.
“Tais mensagens podem dar a falsa impressão à
população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a Covid-19 é
semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade”,
afirma o texto.
Ela ainda elogia o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, por “trabalhar em conjunto com sociedades médicas
científicas, inclusive a Sociedade Brasileira de Infectologia”.
“Ficar em casa é a resposta mais adequada para
a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais
populosa”, resume a nota.
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