quinta-feira, 26 de março de 2020

Declarações de Bolsonaro preocupam Sociedade Brasileira de Infectologia, que recomenda ficar em casa


Morador de Londres toma sol na varanda porque Reino Unido está em quarentena
Foto: Dylan Martinez/Reuters 


A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) apresentou preocupações com as declarações do presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento oficial na última terça-feira sobre a Covid-19. Ele defendeu a retomada das aulas e voltou a se referir à doença como "resfriadinho".
“Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária”, afirma o texto assinado por Clóvis Arns da Cunha, presidente da SBI.
A medida, segundo os infectologistas do grupo, deve ser associada ao isolamento respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização frequente das mãos por toda a população.
A nota aponta ainda que é “temerário” dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu.
“Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a Covid-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade”, afirma o texto.
Ela ainda elogia o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por “trabalhar em conjunto com sociedades médicas científicas, inclusive a Sociedade Brasileira de Infectologia”.
“Ficar em casa é a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosa”, resume a nota.
 Extra

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