A forte chuva de segunda-feira provocou
um prejuízo de R$ 182,8 milhões ao comércio carioca, segundo uma pesquisa
divulgada hoje (10) pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises
(Ifec/RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do
Rio de Janeiro (Fecomércio RJ).
Nos
bairros mais afetados pelo temporal, 76% dos estabelecimentos disseram ter sido
prejudicados. A sondagem ouviu 354 estabelecimentos comerciais do Alto da Boa
Vista, Barra/Barrinha, Rocinha, Jardim Botânico, Copacabana, Barra/RioCentro,
Vidigal, Recreio dos Bandeirantes, Urca, Sepetiba, Campo Grande, Grota Funda,
Guaratiba e Jacarepaguá/Cidade de Deus. Esses bairros tiveram maior índice
pluviométrico no dia 8, de acordo com medições do Sistema Alerta Rio.
Tempestade de fevereiro
O
economista-chefe da Fecomércio RJ, João Gomes, disse que houve um aumento em
relação à tempestade que ocorreu no dia 6 de fevereiro, quando o percentual de
negócios afetados foi 65%. Comparativamente à forte chuva da última
segunda-feira (8), o percentual de negócios prejudicados subiu 11 pontos
percentuais, enquanto o prejuízo estimado cresceu 138%, passando de R$ 76,6
milhões, em 6 de fevereiro, para R$ 182,8 milhões na última segunda-feira.
Na
atual pesquisa, o número de bairros analisados foi maior, o que elevou também o
total de empresários pesquisados. Na pesquisa de fevereiro, foram consultados
273 estabelecimentos.
O
economista disse que quase dois terços dos estabelecimentos tiveram prejuízos
novamente. “Para mais da metade desses foi um prejuízo maior”. Para Gomes, a
tragédia “foi um filme que se repetiu e com bastante prejuízo para o setor
representado pela federação”.
Consequências
A
falta de funcionários que não conseguiram chegar ao local de trabalho foi
apontada por 51,4% dos empresários entrevistados como principal consequência do
temporal de segunda-feira, enquanto 28,9% dos locais sofreram dano devido ao
alagamento do estabelecimento ou depósito. Para 16,9%, as avarias na estrutura
física prejudicaram os negócios. Em 14,1% dos estabelecimentos, o caminhão com
mercadorias não chegou. Entre aqueles que afirmaram ter sido afetados, 64,1%
tiveram perda ou queda no faturamento.
A
maioria dos entrevistados avaliou que demorará entre um mês (54,9%) até três
meses (20,4%) para recuperar o prejuízo. João Gomes disse que o problema é mais
grave para aqueles estabelecimentos (64,1%) que tiveram prejuízo com as chuvas
do dia 6 de fevereiro. “Nem haviam se recuperado da primeira e tomaram novo
prejuízo pela segunda vez. Foram duplamente afetados”.
Desse
total de 64,1% empresários prejudicados em fevereiro, 56% disseram ter perdas
maiores no temporal de segunda-feira e 33% informaram ter tido prejuízo igual
nas duas tempestades.
A.Brasil
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