O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (9) que o
governo pretende reduzir pela metade o preço do gás de cozinha no país em dois
anos.
De acordo com o ministro, para conseguir essa redução, é preciso
quebrar o monopólio do refino e da distribuição.
“Daqui a dois anos, o botijão de gás vai chegar na metade do
preço na casa do trabalhador brasileiro. Vamos quebrar esses monopólios e vamos
baixar o preço do gás e do petróleo com a competição”, disse Guedes.
Ao participar da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios,
em Brasília, Guedes disse que o monopólio da Petrobras no refino do gás torna o
preço do produto mais caro no Brasil. O ministro afirmou ainda que a solução
para a falta de recursos vem do petróleo, especificamente da exploração da
camada do pré-sal.
Guedes defendeu junto aos prefeitos a aprovação da reforma da
Previdência, ressaltando que a reforma vai liberar recursos para os entes
municipais. “Todos já sabemos que a reforma da Previdência é importante também
para municípios e estados”, afirmou.
O ministro disse ainda que o governo trabalha para unificar
ainda este ano até cinco tributos e que se a mudança for efetivada a
arrecadação será compartilhada com estados e municípios.
“Vamos baixar, simplificar, reduzir impostos para o Brasil
crescer. É a reforma tributária. Primeiro, vamos pegar três, quatro, cinco
impostos e fundir em um só. Vai chamar Imposto Único Federal”, disse Guedes que
não detalhou quais seriam os impostos unificados.
O ministro também disse que vai trabalhar para que a maior parte
da arrecadação dos recursos arrecadados no país fique com os municípios. “Hoje,
65% é da União, 35% de estados e municípios. No futuro, 70% tem que ser de
estados e municípios. Mas não é daqui a vinte anos, é pra agora”, disse.
Previdência
Pouco antes da participação do ministro no evento, a Secretaria Especial de
Previdência do Ministério da Fazenda distribuiu uma cartilha pedindo o apoio
dos prefeitos à reforma da Previdência. De acordo com a cartilha, a aprovação
da reforma resultará em melhora geral do ambiente econômico do país, com
geração de empregos e aumento na arrecadação.
Após a palestra do ministro, o secretário Especial da
Previdência, Rogério Marinho, fez uma apresentação aos prefeitos é afirmou que
aprovação da reforma é uma pauta que não é apenas do governo, mas de interesse
do país.
“Essa é uma oportunidade de entendermos de que forma a economia
do Brasil vai se comportar nos próximos anos. O ministro Paulo Guedes precisa
muito do apoio dos prefeitos aqui presentes. Qualquer medida impactante, seja o
novo pacto federativo, reforma tributária ou atração de investidores internos e
externos, passa pelo alicerce, a espinha dorsal que é o reequilíbrio das contas
públicas, e isso só ocorrerá com a aprovação do novo regime previdenciário”,
disse Marinho.
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