O Brasil é o
segundo maior consumidor de café do mundo. Na primeira refeição do dia, durante
o horário de trabalho ou até com eventos especiais nos fins de semana, o
produto faz parte da rotina e da história de milhares de brasileiros. O Dia
Mundial do Café é comemorado neste domingo (14).
“Pessoas nem
conseguem entender porque elas tomam café, mas elas tomam todos os dias.”, diz
Victor Ávila,. barista e dono de uma cafeteria em Brasília.
“Além de apreciar o
gosto, tenho memórias afetivas com café, lembrando dos lanches na casa das
minhas avós; de acordar com o cheirinho do café passado por minha mãe”, conta a
médica Camila Damasceno. Ela toma o tradicional cafezinho todos os dias, “pelo
menos quatro vezes”.
A servidora do
Banco do Pará, Salete Gomes, tem o mesmo hábito, consumindo a bebida
diariamente. No fim de semana, ela tenta tomar apenas após o almoço, mas
durante a semana conta que não consegue ficar sem. “Normalmente quando não tomo
café pela manhã, mesmo que faça o desjejum, sinto dor de cabeça.”
Consumo
Segundo a
Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo médio anual por
pessoa é de seis kg de café cru e 4,8 kg de café torrado e moído.
De acordo com dados
mais atualizados da Abic, a produção nacional chegou a 21 milhões de sacas em
2018 (considerado o período entre novembro de 2017 e outubro de 2018).
A soma representou
aumento de 5% em relação aos doze meses anteriores (novembro de 2016 a outubro
de 2017), período no qual foi registrada a produção de 20 milhões de sacas.
A associação ressalta
que o desempenho foi importante, considerando que houve uma baixa entre 2016 e
2017 da oferta do grão em razão de uma seca que atingiu a plantação do produto.
No consumo per capita, a variação entre os dois períodos foi
de 4,65 kg para 4,82 kg de café torrado e moído.
A análise da
evolução é complexa, já que a entidade alterou a metodologia (deixando de
considerar as sacas de empresas não cadastradas). Mas na série histórica, o
Brasil teve uma boa evolução nos anos 2000, saindo de 13 milhões para 20 milhões
de sacas em 2011. Depois disso, o país vem mantendo esse patamar.
Quanto ao tipo, o
consumo ainda é dominado pelo café em pó, responsável por 81% do produto
consumido no país, segundo dados de 2017.
Em seguida, vem o
grão torrado, com 18%. As cápsulas, cada vez mais disponíveis em supermercados,
representavam somente 1% do total no ano do levantamento.
A Abic avalia que
há uma demanda maior por cafés de qualidade. Segundo estatísticas da
associação, na análise dentro do que a entidade chama de “categoria de
qualidade”, a modalidade “gourmet” teve participação de 6% em 2016. Mas a
projeção da associação é que seu peso no mercado chegue a 12% neste ano.
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