Ex-piloto brasileiro, bicampeão da Fórmula 1, acusou as empresas de não
investirem em programas de desenvolvimento de jovens talentos
O Brasil não tem nenhum
piloto na Fórmula 1 em
2018. É a primeira vez que isso acontece desde 1969, ano que antecedeu a
estreia de Emerson Fittipaldi na
principal categoria do automobilismo. Para o bicampeão mundial, que neste
sábado esteve em Interlagos para ver os treinos do GP
do Brasil, a ausência de brasileiros tem uma explicação
simples: a falta incentivo das empresas que participam do circo da F1 para
criar de programas de desenvolvimento.
“O
cenário é culpa dos patrocinadores e até da própria Globo, pois eles nunca
investiram em um programa de jovens pilotos para chegar à Fórmula 1”, afirmou
Fittipaldi na manhã deste sábado no paddock do autódromo de Interlagos, em São
Paulo.
O ex-piloto de 71 anos usou exemplos de
iniciativas mundiais para defender que o Brasil deveria investir na formação de
novos pilotos. Ele citou o caso de seu próprio neto, Pietro Fittipaldi, de 22
anos, que na sexta-feira foi anunciado como novo pilotos de testes e
desenvolvimento da Haas. Há alguns anos, Pietro participou de um programa da
Telmex, uma empresa mexicana de telecomunicações.
“Eu
falei para o pessoal da Petrobras hoje que eles têm de fazer um projeto igual
ao dos mexicanos. Eu sei que o programa da Fórmula 1 da Globo é muito lucrativo
durante esses 40 anos, mas eles nunca ajudaram diretamente um programa de
incentivo aqui no Brasil. Eu sempre falei isso pra eles. As empresas
brasileiras deveriam seguir o exemplo do mundo”, disse.
Mesmo sem nenhum brasileiro na principal
competição do mundo, Fittipaldi defendeu que o país tem muitos jovens pilotos e
que todas as categorias do automobilismo procuram promessas. “Hoje em dia o
piloto brasileiro tem a mesma tradição do jogador de futebol no mundo. Os
brasileiros são muito bons, mas nós temos que dar chance para essa molecada”.
Além
de Pietro Fittipaldi, na Haas, em 2019 o Brasil terá outro piloto de testes e
desenvolvimento na Fórmula 1, o mineiro Sérgio
Sette Câmara, na McLaren.
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