sábado, 10 de novembro de 2018

Fittipaldi: ‘F1 sem brasileiros é culpa de patrocinadores e da Globo’


Ex-piloto brasileiro, bicampeão da Fórmula 1, acusou as empresas de não investirem em programas de desenvolvimento de jovens talentos


O Brasil não tem nenhum piloto na Fórmula 1 em 2018. É a primeira vez que isso acontece desde 1969,  ano que antecedeu a estreia de Emerson Fittipaldi na principal categoria do automobilismo. Para o bicampeão mundial, que neste sábado esteve em Interlagos para ver os treinos do GP do Brasil, a ausência de brasileiros tem uma explicação simples: a falta incentivo das empresas que participam do circo da F1 para criar de programas de desenvolvimento.
“O cenário é culpa dos patrocinadores e até da própria Globo, pois eles nunca investiram em um programa de jovens pilotos para chegar à Fórmula 1”, afirmou Fittipaldi na manhã deste sábado no paddock do autódromo de Interlagos, em São Paulo.
O ex-piloto de 71 anos usou exemplos de iniciativas mundiais para defender que o Brasil deveria investir na formação de novos pilotos. Ele citou o caso de seu próprio neto, Pietro Fittipaldi, de 22 anos, que na sexta-feira foi anunciado como novo pilotos de testes e desenvolvimento da Haas. Há alguns anos, Pietro participou de um programa da Telmex, uma empresa mexicana de telecomunicações.
“Eu falei para o pessoal da Petrobras hoje que eles têm de fazer um projeto igual ao dos mexicanos. Eu sei que o programa da Fórmula 1 da Globo é muito lucrativo durante esses 40 anos, mas eles nunca ajudaram diretamente um programa de incentivo aqui no Brasil. Eu sempre falei isso pra eles. As empresas brasileiras deveriam seguir o exemplo do mundo”, disse.
Mesmo sem nenhum brasileiro na principal competição do mundo, Fittipaldi defendeu que o país tem muitos jovens pilotos e que todas as categorias do automobilismo procuram promessas. “Hoje em dia o piloto brasileiro tem a mesma tradição do jogador de futebol no mundo. Os brasileiros são muito bons, mas nós temos que dar chance para essa molecada”.
Além de Pietro Fittipaldi, na Haas, em 2019 o Brasil terá outro piloto de testes e desenvolvimento na Fórmula 1, o mineiro Sérgio Sette Câmara, na McLaren.

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