quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Após reunião com Bolsonaro, Moro é confirmado ministro da Justiça

Juiz federal viajou de Curitiba para o Rio na manhã de hoje. Ministério da Justiça deve se unir à pasta da segurança Pública, criada na gestão Temer 

Moro e Paulo Guedes, após reunião no Rio de Janeiro

Ian Cheibub/Folhapress

O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Justiça e Segurança Pública a partir de 2019. O R7 antecipou na quarta-feira (31) que Moro aceitaria o convite.
O futuro ministro foi confirmado no cargo na manhã de hoje, após os dois se reunirem por uma hora e meia na casa do presidente eleito na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

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"Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite", informou Moro em nota divulgada à imprensa (leia a nota completa ao final).
No Twitter, Bolsonaro comentou a decisão e declarou que o combate à corrupção e ao crime organizado serão prioridades do futuro ministro.
"O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!", escreveu o presidente eleito.
"Superministério" da Justiça
Na gestão Bolsonaro, o Ministério da Justiça deve se unir à pasta da Segurança Pública, criada na gestão do presidente Michel Temer com foco específico no combate à criminalidade.
Com isso, Moro irá responder pelas ações da Polícia Federal, além de Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, CGU (Controladoria-Geral da União) e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Em entrevista concedida mais cedo durante o trajeto de avião entre Curitiba e Rio de Janeiro, o juiz federal afirmou que seu foco será o combate à corrupção e ao crime organizado. Ele afirmou que "o país precisa de uma agenda anticorrupção e uma agenda anticrime organizado".
Na avaliação de Moro, de acordo com a nota publicada após aceitar o cargo, seu esforço como ministro será o de dar continuidade ao trabalho como juiz.
"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior", informou o juiz. Leia a nota completa de Moro:
"Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes. 
Curitiba, 01 de novembro de 2018. Sergio Fernando Moro".


R7

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