Juiz federal viajou de Curitiba para o Rio na manhã de hoje. Ministério da Justiça deve se unir à pasta da segurança Pública, criada na gestão Temer
Moro e
Paulo Guedes, após reunião no Rio de Janeiro
Ian Cheibub/Folhapress
|
O juiz
federal Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR), aceitou nesta
quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Justiça e
Segurança Pública a partir de 2019. O R7 antecipou na quarta-feira (31) que
Moro aceitaria o convite.
O
futuro ministro foi confirmado no cargo na manhã de hoje, após os dois se
reunirem por uma hora e meia na casa do presidente eleito na Barra da Tijuca,
zona oeste do Rio de Janeiro.
![]() |
Publicidade |
"Fui
convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da
Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram
discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite", informou
Moro em nota divulgada à imprensa (leia
a nota completa ao final).
No
Twitter, Bolsonaro comentou a decisão e declarou que o combate à corrupção e ao crime
organizado serão prioridades do futuro ministro.
"O juiz federal Sérgio Moro aceitou
nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda
anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às
leis será o nosso norte!", escreveu o presidente eleito.
"Superministério" da Justiça
Na gestão Bolsonaro, o Ministério da Justiça
deve se unir à pasta da Segurança Pública, criada na gestão do presidente
Michel Temer com foco específico no combate à criminalidade.
Com isso, Moro irá responder pelas ações da
Polícia Federal, além de Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, CGU
(Controladoria-Geral da União) e Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras).
Em
entrevista concedida mais cedo durante o trajeto de avião entre Curitiba e Rio de
Janeiro, o juiz federal afirmou que seu foco será o combate à corrupção e ao crime
organizado. Ele afirmou que "o país precisa de uma
agenda anticorrupção e uma agenda anticrime organizado".
Na avaliação de Moro, de acordo com a nota
publicada após aceitar o cargo, seu esforço como ministro será o de dar
continuidade ao trabalho como juiz.
"Na prática, significa consolidar os
avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de
retrocessos por um bem maior", informou o juiz. Leia a nota completa de
Moro:
"Fui convidado pelo Sr.
Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública
na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para
a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar
22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte
agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei
e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa
consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar
riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em
Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar
controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências.
Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
Curitiba, 01 de novembro de 2018. Sergio
Fernando Moro".
R7
COMPARTILHE
Curta Nossa Página no Facebook