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Presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro
Pilar Olivares/Reuters
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro
(PSL), defendeu nesta segunda-feira (5) que seja aprovado ainda este ano algum
passo, "por menor que seja", na Reforma da Previdência. Ele propõe a
fixação da idade mínima para 61 anos para os homens e 56 para mulheres. O
presidente prevê “majorar” em determinas carreiras que serão especificadas. A
intenção é aprovar as mudanças ainda este ano.
“Um grande passo, no meu entender, se
este ano for possível, vamos passar para 61 anos [a idade mínima] o serviço
público para o homem, 56 para a mulher, e majorar também o ano nas demais
carreiras. Acredito que seja um bom começo para entrar no ano que vem já tendo
algo de concreto para nos ajudar na economia", disse o presidente eleito
em entrevista à TV Aparecida.
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Segundo Bolsonaro, não se pode
generalizar a fixação da idade mínima de 65 anos porque certas atividades são
incompatíveis com a aposentadoria até mesmo aos 60. O presidente eleito usou
como exemplo os policiais militares do Rio de Janeiro. "Não é justo
colocar lá em cima [a idade mínima]."
No projeto que está na comissão especial
da Câmara dos Deputados, a idade mínima é de 65 anos para homens e 62 para
mulheres. A proposta já foi aprovada na comissão especial, ainda tem de passar
por outras instâncias na Casa.
PRIORIDADES
Bolsonaro reiterou que o tema está entre
as prioridades para o governo eleito. "Não adianta ter uma boa
proposta previdenciária, se ela não vai passar na Câmara e no Senado. Queremos
dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na Reforma da Previdência,
que é necessário."
Para o presidente eleito, é necessário
eliminar as incorporações de cargos de comissão aos salários de servidores que
desempenham essas funções por algum tempo.
FUSÃO
DE MINISTÉRIOS
Na entrevista, Bolsonaro indicou que
deve manter em pastas distintas Meio Ambiente e Agricultura, não deu
sinalizações de fusão das duas áreas. "Vários ruralistas estão achando que
não é o caso a fusão, mas vou deixar bem claro que não vai haver diferença.”
O presidente eleito reiterou que a
nomeação dos ministros será feita somente por ele. “Quem vai nomear o ministro
do Meio Ambiente vai ser eu, e não vão ser essas pessoas que tivemos até o
momento transitando por lá, prestando um desserviço ao meio ambiente e um
desserviço ao homem do campo."
ABORTO
Questionado sobre ampliar, na
legislação, as possibilidades de autorização para o aborto legal, Bolsonaro
disse que sua prioridade é manter como está. "O compromisso que tenho é
não deixar ampliar o aborto em hipótese alguma", disse ele.
O presidente eleito diz que é contra o
aborto, mas há situações extremas em que é necessário reavaliar a posição.
"Eu sou contra o aborto, mas a questão do risco de morte para a mãe é uma
questão que fica difícil. Se não abortar uma gravidez tubária, a mãe vai
morrer. Qual é a solução? É deixar a acontecer? Peço a Deus que me ilumine para
tomar uma decisão no tocante a isso, caso essa questão volte a ser discutida no
plenário da Câmara e do Senado".
Em outro momento da entrevista,
Bolsonaro disse ser a favor do acolhimento dos venezuelanos que chegam ao
Brasil como refugiados, mas disse que é preciso combinar essa recepção com
medidas contra o governo da Venezuela.
"Vamos reconhecer a situação da
Venezuela. Eles estão fugindo da ditadura, da fome e da violência, mas o
Governo Federal tem que tomar medidas contra o Governo Maduro. E não apenas
acolher e deixar que se resolva as coisas naturalmente".
Por Agência Brasil
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