Candidato à presidência ficou 3 semanas internado no hospital Albert Einstein após sofrer uma facada do abdômen em MG. No avião, ele disse que foi 'muito atacado e quer ter a oportunidade de mostrar a realidade'
Bolsonaro
embarca no avião rumo ao Rio de Janeiro
Foto:
Graziela Azevedo/TV Globo
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O candidato à presidência
Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta às 10h deste sábado (29) após 23 dias
internado. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona
Sul de São Paulo, desde 7 de setembro, um dia após sofrer uma facada no abdômen
durante ato de campanha e passar por cirurgia em Juiz de Fora (MG). Ele
precisou passar por duas cirurgias desde então.
Bolsonaro saiu do hospital às 13h45 rumo ao Aeroporto de
Congonhas, onde embarcou para o Rio de Janeiro, às 15h45, sob vaias e aplausos.
No final da tarde, ele já estava em sua casa na capital fluminense.
No avião, Bolsonaro conversou com a TV Globo e disse que está há
muito tempo afastado, foi atacado e quer mostrar a realidade.
"Quero rever minha
filha de sete anos, a família, não tem preço. Estou muito feliz. Eu tenho
recomendações médicas, mas estou tentando uma liberação e vou ver se consigo ir
ao debate da Globo na quinta-feira", disse.
"Tenho vontade [de ir]. Fiquei muito tempo afastado, fui
muito atacado, oportunidade que tenho de mostrar a realidade", completou.
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Bolsonaro também disse que pretende desfazer mal entendidos.
"Parte da equipe falou demais. Mas foi tudo de boa fé. E os ataques que
foram muitos, se for possível, a gente desfaz", disse.
Questionado sobre uma entrevista em que ele disse que não
respeitaria as eleições, Bolsonaro voltou a dizer que não dá para aceitar
"passivamente" uma "fraude".
"Um sistema eleitoral onde nós já tínhamos acertado uma
maneira de auditá-lo, que é o voto impresso, lamentavelmente o Supremo Tribunal
derrubou e também um sistema eleitoral que não é aceito em lugar nenhum do
mundo. Então, a dúvida fica e não sou eu não. A maioria da população desconfia
do voto impresso. Então, quer dizer exatamente isso aí. Eu vejo, aí que foi um
absurdo o PT crescer, não existe isso. O que eu sinto nas ruas, o que eu vejo
em manifestações, haverá uma grande amanhã na Paulista. É um sinal claro que o
povo está do nosso lado e da forma como isso é demonstrado, não dá pra gente
aceitar passivamente na fraude, na possível fraude a eleição do outro lado",
disse.
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No Twitter, agradeceu a
manifestações de carinho. "Enfim em casa, perto de minha família no
aconchego de nossso lar! Não há sensação melhor! Obrigado a todos pelas
manifestações de carinho que pude ver no percurso de volta e em todo Brasil! Um
forte abraço a todos!"
Segundo o presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, Bolsonaro está
"plenamente recuperado". De acordo com o presidente da sigla, ele
surpreendeu a todos os médicos, mas não tem condições de fazer campanha nas
ruas.
"Ainda há uma fragilidade física que pode causar um
retrocesso nessa recuperação, não haverá corpo a corpo. Campanha de rua ele
está impossibilitado de fazer", disse Bebbiano em frente ao hospital.
Pouco antes, Major
Olímpio, candidato do PSL ao Senado, afirmou que no final da manhã, os médicos
já haviam passado todas as prescrições médicas e que ele só aguardava o horário
do voo. "Está eufórico, brincalhão, muito feliz de ir para casa",
disse o major.
Bolsonaro teve o cateter usado para administrar medicação
retirado na quarta-feira (28). No local havia pequeno foco de infecção
bacteriana. Como precaução os médicos decidiram manter a medicação por
antibiótico na veia por mais um ou dois dias.
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Reprodução/Intagram |
Nesta sexta-feira (28), Bolsonaro postou uma foto em sua conta
no Instagram fazendo a barba no banheiro do quarto onde está internado no
hospital. "Me preparando para voltar à ativa", escreveu.
Neste sábado, o candidato
escreveu no Twitter: "O Brasil está na lama por conta do sistema falido
que coloca o povo a serviço do Estado e faz acordos corruptos visando a própria
sobrevivência. Liderando a corrida sem se curvar a este modelo, afirmo com
segurança: nunca estivemos tão próximos de finalmente mudar esta
realidade".
Redes sociais
Bolsonaro fez postagens
nesta sexta-feira (28) sobre 'ataques de parte da mídia'. A revista 'Veja'
trouxe uma reportagem sobre o processo de separação com Ana Cristina Siqueira
Valle em 2008, em que ela o acusa de agressividade, de furto de cofre e que ele
tinha renda superior ao que recebia como deputado federal e militar da reserva.
Por G1 SP e TV Globo
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