Presidente afirmou também duvidar que 'alguém tente derrubar o teto de gastos'
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O presidente Michel Temer, durante entrevista à
EBC
Reprodução/NBR |
O presidente Michel Temer, que participou da
abertura da 73ª Assembleia Geral da ONU no último dia 25, em Nova York, voltou
a defender a votação da reforma da Previdência após as eleições, e levantou a
possibilidade de suspender, provisória ou definitivamente, a intervenção
federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ele afirmou que vai conversar
com o presidente eleito sobre o assunto.
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— A reforma está pronta para ser votada. Portanto, se houver tempo, eu quero votá-la no final de outubro, novembro e dezembro. É claro que a partir do final de outubro estará eleito o novo presidente e claro que eu vou me articular com o novo presidente — afirmou em entrevista à EBC, em Nova York.
De acordo com a lei, a intervenção impede a votação de emendas
constitucionais, como é o caso da tramitação da PEC 287/2016, que altera as
regras de aposentadoria e pensão. O prazo previsto para encerramento da
intervenção é 31 de dezembro.
—
Isso vai depender de conversações que eu terei agora ao longo do tempo e talvez
entre o primeiro e o segundo turno. Como depende de votação em 1º e 2º turnos,
de repente pode suspender a intervenção - disse o presidente, acrescentando que
o combate ao crime no Rio deu resultado.
Teto de gastos
Temer
afirmou também não acredita que o próximo governo tente derrubar o teto de
gastos, e que haverá apoio no Congresso para rever a medida.
—
O que nós fizemos nesses dois anos, ou seja, todas as reformas, modificações
estruturais que nós fizemos na economia e na área social, necessariamente vão
ter que continuar. Dou um exemplo para você, e eu disse isso no meu discurso
para cerca de 100 empresários americanos, a questão do teto de gastos público.
Isto foi feito por meio de uma emenda constitucional. Eu duvido que alguém seja
eleito e tente derrubar, e portanto consiga apoio do Congresso, para derrubar o
teto de gastos públicos — afirmou.
Transição
Segundo
o presidente, o governo está preparado para fazer uma “transição tranquila” e
que uma comissão para fazer a transição já foi “desenhada” no Palácio do
Planalto.
O
presidente afirmou ainda que estão prontos “cadernos do governo” sobre as realizações
em cada estado da Federação, e que os ministérios também preparam relatórios
individuais.
Por Agência Brasil / O Globo
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