Quatro imunizações são obrigatórias, entre 20 e 59 anos, e estão disponíveis nos postos de saúde
Leonardo levou a família
toda para atualizar a Carteira de Vacinação
Daniel Castelo Branco
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No momento em que as secretarias de Saúde do Rio
analisam mais de 15 casos suspeitos de sarampo, sendo um já confirmado em
adulto, a imunização, principalmente após a maioridade, acende um alerta.
Portanto, se você nem se lembra qual foi a última vez em que viu o seu Cartão
de Vacinação, está na hora de procurar. Na faixa entre 20 a 59 anos, quatro
vacinas são obrigatórias e estão disponíveis nos postos de saúde.
A famosa 'antitetânica' é uma das mais
esquecidas. Essa imunização é feita a partir da infância, mas muitos não se
lembram de que ela deve ser reforçada a cada dez anos. "Geralmente a
pessoa só lembra quando se machuca. A mulher é lembrada pelo obstetra ao
engravidar e o homem faz ao ingressar nas Forças Armadas. Mas é importante
ficar atento e fazer os reforços no tempo certo", explicou a
superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde,
Cristina Lemos.
Na infância, é dada a tríplice
antibacteriana, que protege contra coqueluche, difteria e tétano. Na idade
adulta, o reforço dado é a dupla adulto, contra difteria e tétano. Além da dose
padrão a cada dez anos, existe a possibilidade de ser dado um reforço em caso
de ferimentos (punções e cortes). A necessidade ou não da vacina deve ser
avaliada por um médico. O tétano é uma doença infecciosa grave e pode ser
fatal.
"Nós já tomamos todas as vacinas. Só estava
faltando a tríplice. Agora estamos mais tranquilos e protegidos", disse
Nivia Glória, que foi ao Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca,
no fim de semana, acompanhada do marido, Diogo Santos, de 37 anos, e do filho
de 1 ano. "É uma questão de consciência e cidadania. Se a gente não nos
proteger, quem vai? Agora todos os cartões de vacinação da família estão em
dia", destacou Leonardo Correia, 38, ao lado da mulher e dos dois filhos
de 7 e 11 anos.
Na lista de vacinas importantes, a
Hepatite B também deve ser prioridade na fase adulta. "Isso porque a
recomendação é que sejam dadas três doses da vacina, o que nem sempre é
feito", explicou Cristina. A doença é sexualmente transmissível. Caso o
esquema de vacinação não tenha sido completado na infância, é importante
colocar em dia assim que possível.
A volta do sarampo ao Brasil, que estava
erradicada desde 2015, aumentou a procura por informações sobre como se
prevenir. Entre os casos em análise no Rio, estão adultos, como os quatro
alunos da UFRJ que ficaram doentes no mês passado. A imunização, neste caso,
está a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola. Para quem
nunca foi vacinado, são duas doses até 29 anos e uma dose entre 30 a 49. A
vacina não é dada para adultos com mais de 49 anos por razões imunológicas.
Ainda na conta de prevenção, está a febre amarela, que é distribuída em dose
única.
Como o calendário de imunização é mais
intenso na infância, é comum que os adultos percam seus cartões de vacinação.
Nesse caso, segundo a superintendente, o primeiro passo é recuperá-lo. "É
importante resgatar essas informações, tentar lembrar em qual posto de saúde
foi atendido", explicou. "Se a pessoa não tiver comprovação, deve
fazer o esquema básico de vacinação todo de novo. E a vacina é um medicamento,
causa reações adversas, é melhor não ficar fazendo sem necessidade",
completou.
O
Dia
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