A Justiça do Rio de Janeiro revogou a prisão preventiva de 137
presos na operação de combate à milícia em Santa Cruz, na Zona Oeste da
capital. A decisão foi tomada nesta quarta-feira pelo juiz Eduardo Marques após
parecer do Ministério Público afirmar que não há provas contra eles.
No último dia
19, o juiz já havia revogado a prisão preventiva do artista de circo Pablo Dias
Bessa Martins, também detido na ocasião quando 159 pessoas foram presas. O
subdefensor público geral do Estado Rodrigo Pacheco comentou nesta quarta-feira
que as pessoas presas sem provas podem pedir indenização ao Estado.
Apesar do
parecer contrário a manutenção das detenções, o Ministério Público considera
que não houve ilegalidade na prisão dos participantes da festa. Segundo o MP,
havia no local integrantes do primeiro escalão da milícia e, durante confronto
iniciado pelos criminosos, os tiros partiram também de dentro do local do
evento.
Ainda nesta
quarta-feira o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa do Estado Marcelo Freixo afirmou que o enfrentamento da milícia no
Rio é fundamental mas deve ser feito com inteligência e responsabilidade.
As declarações
foram dadas após reunião entre Defensoria e a Comissão de Direitos Humanos na
Alerj, no centro da capital fluminense. As prisões ocorreram no dia 7 de abril
no âmbito da Operação Medusa, apontada pela Polícia Civil como a maior ação
voltada para o combate às milícias no Rio.
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