quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Alerj mantém pedido de indiciamento de responsáveis do Flamengo pelo incêndio no Ninho

 



O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios foi aprovado no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nessa terça-feira (14), em discussão única. A CPI, presidida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch, foi concluída em março deste ano. Por ter recebido emendas de parlamentares, o relatório retornou para ser votado.

Depois de mais de 80 pessoas convocadas para a CPI, pelo presidente Alexandre Knoploch, o documento final da CPI dos Incêndios pede ao Ministério Público o indiciamento de 19 pessoas envolvidas nos incêndios do Ninho do Urubu, do Hospital Badim e da Whiskeria Quatro por Quatro. As três tragédias ocorreram no ano de 2019 e deixaram um total de 33 mortos, sendo dez no Flamengo, 23 no Hospital Badim e três na Quatro por Quatro.

A lista dos indiciados pela CPI inclui os nomes de quatro responsáveis do Flamengo: o ex-diretor financeiro Márcio Garotti; o ex-diretor da base Carlos Noval; e os engenheiros Marcelo Sá e Luiz Felipe Pondé. Também foi pedido o indiciamento de representantes da empresa NHJ, que alugava os contêiners para o clube, e de um técnico em refrigeração. Nove pessoas, incluindo diretores, do Hospital Badim, estão na lista, assim como o dono da Quatro por Quatro.

"Agora tudo será devidamente encaminhado ao Ministério Público. Todos os documentos que embasam tudo o que apontamos na conclusão da CPI", explicou Knoploch. "Lembrando que ao longo da CPI nós já fornecemos material para o Ministério Público", completou.

CPI ouviu mais de 80 pessoas para elaborar o relatório, afirma o presidente Alexandre Knoploch

Para elaborar o relatório final, a Comissão ouviu 86 pessoas, entre autoridades, especialistas e parentes das vítimas, explica o presidente Alexandre Knoploch. De acordo com o documento final da CPI dos Incêndios, entre as causas do incêndio no Ninho do Urubu, estavam a falta de manutenção do ar condicionado, a ausência de saída de emergência e o uso incompatível dos contêineres como dormitórios. No Hospital Badim, a Comissão identificou no subsolo um grande gerador de energia movido a combustível líquido para economizar eletricidade.

“Em todos os casos, encontramos muitas irregularidades. Convocamos todas as testemunhas possíveis, responsáveis pelas entidades envolvidas e especialistas. O resultado é um documento minucioso com mais de 400 páginas. Precisamos evitar novas tragédias”, ressalta o deputado estadual Alexandre Knoploch, presidente da CPI.

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