Decisão do prefeito da capital fluminense vai na contramão do decreto de Wilson Witzel, que liberou o funcionamento de restaurantes e shoppings
"As recomendações do Governo do Estado serão
atendidas pela ordem e parâmetros já definidos pela nossa equipe", afirmou Crivella |
Dhavid Normando/Futura Press/Estadão Conteúdo
O prefeito do Rio
de Janeiro (RJ), Marcelo Crivella, disse no domingo (7) que vai manter o plano de reabertura "gradual e cautelosa" da economia da cidade
em seis etapas, previsto em decreto assinado na última terça-feira
(2).
"Por
unanimidade, o nosso Comitê Científico decidiu manter o planejamento já
adotado. As recomendações do Governo do Estado serão atendidas pela ordem e
parâmetros já definidos pela nossa equipe", afirmou Crivella.
"Se tudo correr bem, se tiver higiene,
uso de máscara, sem aglomeração, com certeza em agosto estaremos em um novo
normal com a vida toda aberta na cidade", completou o prefeito.
A decisão de Crivella surge um dia após o governador do Estado do Rio de
Janeiro, Wilson Witzel, flexibilizar o isolamento e
autorizar o retorno de várias atividades.
De acordo com o decreto assinado por Witzel,
bares, restaurantes, shoppings centers e centros comerciais estão liberados
para funcionar desde que respeitem o protocolo, como operar com 50% da
capacidade, garantir fornecimento de álcool em gel 70% e obrigar o uso de
máscaras por parte de funcionários e clientes.
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O plano da
prefeitura, por sua vez, estabelece seis fases para a reabertura. Neste
primeiro momento, está liberado o funcionamento de concessionárias, lojas de
móveis e decoração, atividades físicas ao ar livre, atividades aquáticas
individuais no mar e atividades religiosas.
O superintendente
de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do município do
Rio de Janeiro, Flávio Graça, disse que o plano estabelecido é responsável e
cauteloso. "Nossos indicadores são sensíveis, quando abrimos uma fase,
devemos aguardar alguns dias para ter uma visão panorâmica e saber o quanto a
Saúde está suportando”, explicou ele.
A
secretária de saúde do Rio de Janeiro, Bia Busch, informou sobre a taxa de
leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados no município é de 87%.
"É isso que nos dá, neste momento, a possibilidade de continuar esse
planejamento”, disse Bia.
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