Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo |
Uma pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (4) apontou que a avaliação do governo Lula (PT) é negativa para 90% dos agentes do mercado financeiro. O índice é 26 pontos percentuais mais alto que o último levantamento, realizado em março de 2024, e equivalente ao maior já registrado na série histórica, iniciada em março de 2023.
Outros 3% avaliam o governo Lula como positivo (eram 6% em março) e 7%, como regular (eram 30%).
O levantamento ouviu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 29 de novembro a 3 de dezembro.
A margem de erro não foi divulgada. Na pesquisa anterior, era de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.
Lula e Haddad no mercado financeiro
Avaliação do presidente e do ministro da Fazenda entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão
Haddad
A pesquisa também mostra que 41% dos entrevistados avaliaram como positivo o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 9 pontos percentuais abaixo do resultado de março (50%).
24% enxergam o trabalho do ministro como negativo (eram 12% em março) e 35%, como regular (eram 38%).
Para 61% dos agentes do mercado financeiro, a força de Haddad está menor do que no início do mandato (eram 14% em março); 35%, veem como igual; e 4%, como mais forte neste período.
58% acham pacote fiscal nada satisfatório
A pesquisa indica também ouviu os entrevistados sobre o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo Lula (PT) na semana passada. Segundo a Quaest, 58% consideram o pacote fiscal nada satisfatório e 42%, pouco satisfatório.
Para 85% agentes do mercado financeiro, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil salários mínimos – anunciada junto com o pacote – tende a prejudicar a economia brasileira (15% acham que tende a ajudar).
99%, por outro lado, avaliam que o fim da morte ficta – pensão paga a famílias de militares expulsos –, tende a ajudar a economia brasileira.
Em relação ao novo arcabouço fiscal, modelo de equilíbrio das contas públicas adotado no início do governo Lula (PT) em substituição ao teto de gastos que vigorava desde a gestão de Michel Temer (MDB),
58% diz que o projeto não tem nenhuma credibilidade;
42% pouca credibilidade;
Sobre a taxa de juros do Copom em dezembro de 2024, que hoje está em 10,75%:
66% acham que vai subir em 0,75;
17% acha que vai subir em 1;
15% acha que vai subir 0,5.
G1
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