segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Polícia identifica atirador de turista argentino, mas Justiça não decreta prisão por falta de urgência


SBT



A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou quatro suspeitos de participação no ataque que deixou o turista argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, em estado gravíssimo. Burlon, ex-secretário de Turismo de Bariloche, foi baleado na cabeça na última quinta-feira (12), ao entrar por engano no Morro do Escondidinho, em Santa Teresa, enquanto se dirigia ao Cristo Redentor.

Entre os identificados está Sandro da Silva Vicente, conhecido como Sandrinho, apontado como o autor dos disparos que atingiram o veículo do turista. Apesar das evidências e da gravidade do caso, o pedido de prisão preventiva dos suspeitos não foi apreciado pelo Plantão Judiciário.

O juiz Orlando Eliazaro Feitosa, responsável pelo plantão, argumentou que o caso não caracteriza urgência qualificada. “Em que pese a gravidade dos fatos, tal circunstância por si só não serve de justificativa para a distribuição da representação neste Juízo Plantonista”, escreveu o magistrado, indicando que a análise caberia ao juízo natural ou ao plantão diurno.

O suspeito e seu histórico criminal

Divulgação


Sandrinho, reconhecido por duas testemunhas como o atirador, possui um extenso histórico criminal, com 20 anotações, incluindo 13 cometidas enquanto era menor de idade. Ele foi preso pela última vez em 2022, em flagrante, por porte de arma em Cascadura, mas acabou absolvido em maio deste ano.

Investigação e repercussão

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) conduz as investigações do caso, que gerou grande repercussão. O incidente reacende o debate sobre a segurança para turistas e a atuação do Judiciário em casos de violência urbana.

A ausência de uma resposta imediata causa preocupação e gera questionamentos sobre a efetividade das ações do Judiciário contra a violência no Rio de Janeiro.

Diário do Rio

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