segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Cidades do Noroeste estão entre os 10 maiores saldos positivos de contratação

 




Apesar do turbilhão econômico provocado pela pandemia, o Noroeste Fluminense demonstrou resiliência e fechou o ano com cinco cidades da região com saldo positivo de empregos, como mostram os dados da plataforma Retratos Regionais da Firjan. Além de Laje do Muriaé (+13), Miracema (+36) e Aperibé (+54), completam a lista Bom Jesus do Itabapoana (+223) e Italva (+235) – estes dois últimos, entre os 10 maiores saldos de todo o Estado do Rio.

O levantamento foi feito pela Firjan com base nos registros de carteira assinada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Mas, se os desafios ainda persistem em Itaperuna, por exemplo – que ainda se recupera com 766 vagas perdidas no auge da pandemia - a construção de edifícios vem alavancando os empregos da região. Esta foi a atividade com o maior número de contratações (+155), com destaque para Italva (+162). Já em Bom Jesus, o número de novas vagas foi impulsionado pelo comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (+124).

“Os números demonstram a força do Noroeste Fluminense para a economia do Estado, mesmo neste que é um dos momentos mais difíceis que todos nós já vivemos. O desafio continua, mas os resultados mostram que há esperança e bons caminhos pela frente”, disse o presidente da Firjan Noroeste, José Magno Hoffmann.

Recuperação gradual

No balanço do mercado formal de trabalho, o estado do Rio encerrou o atípico ano de 2020 com saldo negativo de 127.155 vagas de emprego com carteira assinada. A volta das atividades no segundo semestre permitiu a recuperação de 33,5% dos postos de trabalho que haviam sido perdidos nos seis primeiros meses do ano, auge da crise. Ou seja, até junho, o saldo negativo chegou a 191.330 vagas, mas 64.175 mil vagas foram recuperadas no segundo semestre, a despeito das adversidades.

O total do setor industrial – que contempla as indústrias de Transformação, Extrativa, Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup) – foi influenciado pelo balanço de dezembro, quando apresentou seu primeiro saldo negativo desde junho (-2.540). A maior parte das vagas perdidas ocorreu na Construção (-1.774). Entre os setores da economia, o de serviços apresentou o pior desempenho (- 86.900, mais da metade dos empregos perdidos no estado), seguido do comércio (-22.052) e da indústria (-18.233). Somente a agropecuária registrou abertura de vagas (30) ao final do ano.

“O resultado negativo de dezembro pra indústria é um efeito sazonal, pois é comum haver esse saldo negativo no fim do ano da indústria, ao contrário do que acontece com o comércio nesse período”, explicou Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

Felipe Sáles

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