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Ao mandar tantos "chefões para a
cadeia", Bretas já provou que não está para brincadeira Foto; Estadão |
Nos últimos meses, dois fatos chamaram a
atenção na região. O primeiro foi a exoneração voluntária do juiz Sérgio Moro,
que assumirá o ministério da Justiça e Segurança Pública. Para compor sua
equipe, Moro levou praticamente todo o seu "grupo de elite" que
atuava na força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, para a Brasília o que, ao
contrário do que pensam muitos, não fortalecerá, mas mudará o foco da operação,
que passará a priorizar ações contra o crime organizado e suas mega facções,
como o PCC, que saiu de São Paulo para atuar, praticamente, em todo território
nacional. Com isso, restará aos juízes que sobraram a tarefa de tocar a
operação a diante. E, para tanto, já há uma corrida nos bastidores para saber
quem será o "novo Moro". E o candidato mais forte é Marcelo Bretas,
responsável pela operação aqui no Rio. A prisão de Pezão foi mais do que
simbólica. Significa que um pente fino será passado em todo o estado para
estabelecer as conexões do grupo de Sérgio Cabral com prefeitos, vereadores,
ex-prefeitos e empresários do interior.
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Ao mandar tantos
"chefões para a cadeia", Bretas já provou que não está para
brincadeira. Como é sabido que Picciane e Cabral mantinham negócios em todo
estado, que iam desde merenda escolar a recolhimento de lixo, a tendência é que
estas relações sejam revistas e todos os padrinhos do ex-presidente da Alerj
entraram na alça de mira de Bretas, que já provou ter a caneta mais pesada até
do que a do Moro. Outra investigação que deve seguir à diante é sobre o
possível recebimento de propinas por prefeitos, secretários e ex-prefeitos da
região pela Odebrecht, no estabelecimento de contratos em Campos, Rio das
Ostras e Macaé. Inclusive, o nome de políticos conhecidos, como o da
ex-governadora Rosinha Garotinho, o ex-prefeito de Macaé Riverton
Mussi, e de Alcebíades Sabino (ex-prefeito de Rio das Ostras e ex-deputado
estadual) já foram citados em colaborações recentes por dirigentes da empresa.
O
Superintendente da Odebrecht no Rio de Janeiro, Leandro Azevedo afirmou que fez
pagamentos milionários aos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, do PR.
O também delator Benedicto Júnior já havia dito que o casal recebeu dinheiro de
caixa dois.
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E não é só isso:
além do casal Garotinho, outros políticos do interior do Rio aparecem na lista
do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, com nomes de autoridades
que podem ser investigadas por uma suposta ligação com a Operação Lava
Jato. Todos eles foram denunciados por executivos da construtora da
Odebrecht em delação premiada à Justiça e teriam recebido recursos indevidos.
Os processos contra eles foram enviados à Procuradoria Geral da República. No
entanto, como não são políticos com foro privilegiado, esses processos
envolvendo os políticos do interior serão destinados à Justiça Comum, que vai
avaliar se eles serão ou não investigados.
Corra que o
Bretas vem aí...
Blog do Cabral
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