segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Itaperuna é a quarta cidade com a maior capacidade para produção de energia solar

Município do Noroeste fica atrás apenas de Niterói, Campos e Rio de Janeiro




Em meio ao aumento da conta de energia, à crise hídrica e às intermitências no fornecimento, Itaperuna se tornou a quarta cidade do Estado com o maior potencial de energia solar instalada em todo o Estado do Rio. A tendência se reflete em outros municípios do interior, como em Campos, o segundo maior do estado, e Macaé, o sexto. O levantamento exclusivo foi feito pela Firjan a partir de dados obtidos via Lei de Acesso à Informação.

“A região tem um enorme potencial de energia solar ainda a ser explorado, tendo em vista a grande incidência de sol na região, com poucas áreas de sombra. Assim o Noroeste se junta a outras iniciativas em energia limpa que vêm sendo germinadas no Porto do Açu, um dos polos irradiadores de desenvolvimento de todo o interior do Rio”, afirma o presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Vargas Hoffmann.

Em Itaperuna, são 755 pontos de geração distribuída via luz solar, com capacidade instalada de 9.915,74 kW. Números próximos de Niterói, por exemplo, cuja população é cinco vezes maior do que Itaperuna: o município da Região Metropolitana tem capacidade instalada de 14.155,70 kW, sendo a terceira cidade do estado com maior potencial instalado. O estado do Rio ocupa a sétima posição no ranking nacional - liderado por Minas Gerais -, com conexões presentes em todos os 92 municípios fluminenses.

Números confirmados na prática por Fábio Azeredo, proprietário da Elmet, empresa especializada em automação industrial e que desde 2012 atua também no ramo da energia solar. Ele conta que houve um crescimento de 200% nas instalações em 2020, e de 300% até o terceiro trimestre deste ano.

“O boom começou em 2016, depois que os bancos passaram a financiar instalações a pessoas físicas e jurídicas. E o Noroeste é mais do que propício a isso, já que tem grande incidência de sol o ano inteiro. Além de contribuir com o desenvolvimento local e com a oferta de energia na nossa região”, disse Fábio, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Noroeste (Sindmetal Noroeste).

A especialista em Estudos Econômicos da Firjan, Tatiana Lauria, lista ainda uma série de benefícios não só por quem adota esse tipo de energia, como para todo o sistema elétrico do país.

“O primeiro benefício direto é ter uma energia mais estável e com maior confiabilidade, reduzindo os impactos das oscilações da rede. Além, claro, a economia, que para alguns setores industriais pode chegar de 20 a 30%. O consumidor ainda fica mais protegido da inflação, pois reduz o impacto dos reajustes tarifários das distribuidoras na sua conta de luz. Além disso, o micro e o mini gerador possuem isenção do ICMS para a parcela da tarifa até o limite da energia que foi injetada na rede. Sem contar os benefícios para todo o sistema elétrico, diminuindo a necessidade de novos investimentos na rede, o que reduz os custos de infraestrutura. Somam-se a isso os efeitos positivos por se tratar de uma energia limpa, com menores prejuízos à natureza”, pontuou Tatiana.

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