O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o governador do Rio de
Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), descartaram nesta sexta-feria a
possibilidade de uso das Forças Armadas na segurança do Carnaval de 2018 no Rio
de Janeiro, frustrando a prefeitura da capital fluminense que desejava o apoio.
Embora o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), tenha feito
uma solicitação informal ao presidente Michel Temer, de acordo com a
legislação, um pedido dessa natureza tem que ser encaminhado pelo governo do
Estado ao governo federal. Pezão declarou que não fará o pedido e avaliou que
não há necessidade desse apoio, pois o Rio está acostumado a fazer grandes
eventos, como foi o caso do Reveillon, sem a presença de tropas federais.
“Ele
(Crivella) falou comigo hoje de manhã e não falou nada disso. E achamos que não
há necessidade”, disse Pezão a jornalistas ao frisar que vai “comprar” folgas
dos policiais do Rio para reforçar o efeitivo durante a folia da cidade.
A prefeitura
estima que a cidade vai receber ao menos 6 milhões de pessoas no Carnaval,
sendo 1,5 milhão de fora do país.
Jungmann
acrescentou que não há um descontrole no Rio que justifique envio de tropas e
que uma medida como essa poderia abrir um precedente para que outras cidades,
que também reúnem muita gente no Carnaval, solicitassem apoio.
“Não
identifico necessidade, porque o governador está recuperando a questão
salarial, incorporando novos efetivos e fazendo um grande esforço para melhorar
resultados. Não há descontrole nem desordem”, afirmou Jungmann.
“Se fôssemos
dar apoio a prefeitos e prefeituras, o que é justa preocupação, como ficaria a
nossa posição diante de Salvador, Recife, Olinda, Natal, Fortaleza, que também
tem grandes Carnavais?”, acrescentou.
Jungmann,
Pezão e os ministros Torquato Jardim (Justiça), Sergio Etchegoyen (Gabinete de
Segurança Institucional) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social), se reuniram
nesta sexta no Palácio Guanabara onde assinaram um protocolo de atuação para as
Forças Armadas no Estado até o fim do ano.
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