Ex-primeira-dama
do RJ foi beneficiada por liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça
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A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo chega ao seu apartamento
no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro
Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Futura Press/Estadão
Conteúdo
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A ex-prrimeira-dama do estado do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, foi
levada por agentes da Polícia Federal para cumprir prisão domiciliar na noite
desta quarta-feira (29) em seu apartamento, no Leblon, Zona Sul do Rio.
Adriana foi hostilizada por parentes de presos ao deixar o presídio. Ela
chegou ao Leblon por volta das 20h, sob vaias e xingamentos de cerca de 50
pessoas que aguardavam no local. Os carros da Polícia Federal foram recebidos
por gritos de "Volta para Bangu", além de palavrões e ofensas. Alguns
chegaram a desferir tapas contra o vidro e foram afastados por agentes da PF.
A mulher do ex-governador Sérgio Cabral estava presa na ala feminina do
presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste,
desde 17 de dezembro. Adriana responde por corrupção passiva, lavagem de
dinheiro e organização criminosa.
Na manhã desta quarta, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio,
Marcelo Bretas, expediu alvará determinando que Adriana seja levada para seu
apartamento: "devendo a acusada assinar o termo de compromisso de que
cumprirá todas as condições ali descritas, sob pena de imediato retorno à
custódia preventiva no sistema prisional", escreveu o magistrado.
Adriana Ancelmo recebeu o benefício na sexta-feira (24), por decisão do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a condição de que a casa não tivesse
telefones fixos nem celulares e acesso à internet. Na tarde de terça-feira (28), agentes da Polícia Federal fizeram uma
vistoria no apartamento e no prédio para garantir que o imóvel
cumpra os pré-requisitos para a prisão domiciliar.
Os policiais ficaram pouco mais de uma hora no prédio. Foi possível ver
que eles conversaram com funcionários e checaram o interfone do imóvel. Na
saída, agentes informaram que fizeram a vistoria e que agora vão entregar o
laudo à Justiça. Um dos policiais chegou a dizer para jornalistas que o imóvel
"está apto".
A ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura autorizou a prisão
domiciliar da ex-primeira-dama sob a alegação que os dois
filhos dela e de Cabral - de 10 e 14 anos - não poderiam ficar privados do
convívio com os dois pais ao mesmo tempo, já que o ex-governador também está
preso.
A volta de Adriana Ancelmo para casa motivou protestos na esquina da rua
onde ela mora. Um pequeno grupo fez um "panelaço" na frente do prédio
e cartazes foram colocados na orla do Leblon, na esquina da Avenida Delfim
Moreira com a Rua Aristides Espínola. "Direitos iguais para as detentas
pobres", dizia um dos cartazes.
Extra
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