sexta-feira, 17 de março de 2017

Produtores de laticínios tem reivindicações atendidas na Alerj


Representantes da cadeia produtiva láctea do estado que participaram do evento realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta (15/03) saíram otimistas do auditório Senador Nelson Carneiro. Das reivindicações apresentadas pelos produtores, representantes da indústria e das cooperativas, pelo menos duas pautas já foram encaminhadas na própria reunião: a concessão de crédito agrícola pelos bancos do Brasil e Caixa Econômica e a exclusão do setor do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF), que reduz em 10% os incentivos fiscais concedidos pelo estado.

O deputado estadual e líder do governo na Alerj, Edson Albertassi (PMDB-RJ), anunciou que o projeto de lei para a retirada definitiva da indústria leiteira do FEEF deverá ser votado no dia 28 de março. Ele também convidou os produtores apra uma reunião na próxima semana com o superintendente do Banco do Brasil no estado para conhecer a política de créditos agrícolas do banco.

“Alguns projetos sobre a retirada de segmentos do FEEF já foram apresentados. Vamos retirar todos e unificá-los. Essa é uma vitória de todo o Parlamento que se mostra atento às demandas do setor produtivo”, afirmou Abertassi.

Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindlat), o setor tem faturamento anual de cerca de R$ 2 bilhões, sendo o segundo setor mais importante da indústria alimentícia do estado. Porém, a produção estadual representa apenas 22% dos produtos lácteos consumidos no Brasil, o que significa uma oportunidade de crescimento. “Saímos daqui nos sentindo amparados pelo Parlamento. Algumas empresas estavam em insolvência com o FEEF. Essa união da Alerj com o setor vai nos permitir desenvolver e fomentar a cadeia láctea no estado”, comemorou Antônio Carlos Cordeiro, presidente do Sindlat-RJ.

O deputado João Peixoto (PSDC) que preside a comissão de Agricultura da Casa, defendeu ainda a regulamentação de um preço mínimo para o leite. “Isso é necessário para que o pequeno e médio produtor, que são a maioria, não tenha medo de investir e possa contrair empréstimos”, frisou.

O impacto do FEEF não foi apenas sobre o setor leiteiro. Os deputados Luiz Martins (PDT) e Rosenverg Reis (PMDB) contaram terem sido procurados também pelo setor de hortifrutigranjeiros para corrigir as distorções ocorridas com a inclusão do segmento no fundo.


O deputado Wanderson Nogueira (PSol) afirmou não ter sido alertado pelo setor de lácteos sobre a necessidade de exclusão da atividade no FEEF. "Fiz emendas para retirar as cervejas artesanais, por exemplo, mas não sabia da situação da cadeia de leite”, explicou Wanderson.

Os deputados Ana Paula Rechuan (PMDB), Jorge Felippe Neto (PMDB) e Zé Luiz Anchite (PP) elogiaram a iniciativa do encontro e também afirmaram ser sensíveis às causas do setor lácteo. “É muito difícil gerar empregos no interior. Precisamos estar unidos na retomada do crescimento do estado”, opinou Anchite.

O encontro contou ainda com a presença dos deputados Carlos Osório (PSDB), Martha Rocha (PDT), Paulo Ramos (PSol).

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