segunda-feira, 4 de abril de 2016

Prédio de Dilma em Porto Alegre é pichado: 'Quem matou Celso Daniel?'

O juiz Sergio Moro afirmou que "é possível" que o esquema criminoso que levou um empresário a receber cerca de R$ 6 milhões a pedido do PT tenha relação com a morte



O prédio em Porto Alegre onde a presidente Dilma Rousseff tem um apartamento amanheceu, nesta segunda-feira (4), pichado com os dizeres "Quem matou Celso Daniel?", em referência ao prefeito de Santo André assassinado em 2002.
A petista costuma dormir no apartamento, na zona sul da capital, quando visita a família. A presidente também tem o hábito de andar de bicicleta nas imediações, na orla do rio Guaíba, cartão-postal da cidade.
O nome de Celso Daniel surgiu após a deflagração da 27ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14. O juiz Sergio Moro afirmou que "é possível" que o esquema criminoso que levou um empresário a receber cerca de R$ 6 milhões a pedido do PT tenha relação com a morte do ex-prefeito de Santo André.

Por volta das 9h30 a pichação havia sido coberta com tinta branca. A reportagem entrou em contato com a Presidência da República, mas ainda não recebeu um posicionamento.
Dilma estava em Porto Alegre no domingo (3). Por causa do hábito de ela andar de bicicleta pela cidade, o grupo anti-PT Banda Loka Liberal, que anima os protestos a favor do impeachment com canções em ritmo de marchinhas, pendurou faixas no trajeto por onde a presidente pedala.
Dizeres como "tchau, querida", "inflação", "desemprego", e "pedaladas fiscais" foram pintados de preto em faixas amarelas instaladas em diversos pontos.
Na sua página do Facebook, o grupo diz que Dilma desistiu do trajeto ao ser avisada pelos seguranças de que seria fotografada. O grupo também publicou um vídeo, filmado de dentro de um carro, no qual rapazes gritam "Fora, Dilma" quando um grupo passa de bicicleta. Pelas imagens, não é possível ter certeza de que era Dilma pedalando.
Em 22 de abril, a Banda Loka Liberal pendurou faixas no prédio do ministro Teori Zavascki, do STF. As faixas chamavam Zavascki de "pelego do PT" e "traidor" em protesto contra a decisão do ministro para que o juiz Sergio Moro encaminhasse as investigações sobre Lula ao STF.
Apesar da coincidência da data da colocação das faixas e da pichação, Tiago Menna, 28, integrante da Banda Loka Liberal, diz que o grupo não tem nenhuma relação com o vandalismo no prédio da presidente.
"A gente não concorda. Achamos péssima a atitude. O prédio não é só dela, é uma propriedade privada. Um dos nossos valores é a propriedade privada", diz Menna.
Sobre as faixas, Menna diz que a intenção foi "mostrar a realidade" para a presidente. "Foi para ver se ela cai na realidade", diz o rapaz.
A Banda Loka Liberal também organiza o Acampamento Sérgio Moro, no parque Moinhos de Vento. Segundo o grupo, o acampamento apenas será desfeito com a saída de Dilma da Presidência.

FolhadeSãoPaulo

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