segunda-feira, 4 de abril de 2016

PMs que recolheram cápsulas após morte em Magé são presos


A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga a morte de Matheus Moraes, de 5 anos, baleado na cabeça na tarde de sábado (2), em Magé, já tem indícios de que os policiais militares acusados de atirar no menino alteraram a cena do crime. Os policiais foram presos administrativamente por 48 horas e a corregedoria da PM vai apurar o caso.

Os PMs afirmaram que patrulhavam a região e se depararam com criminosos, dando início à troca de tiros. Porém, um vídeo feito por um morador, que já está sendo analisado pela Polícia Civil, mostra um dos PMs recolhendo cápsulas das balas disparadas durante o suposto tiroteio.

O policial sabe que está sendo filmado, mas ainda assim exibe as cápsulas recolhidas para a câmera. Revoltados, os moradores questionam a ação dos PMs, e em seguida é possível ver marcas de sangue de Matheus no chão.

Perícia
Na tarde desta segunda, agentes da especializada realizaram uma perícia complementar no local do crime, uma rua de acesso à comunidade da Lagoa. Titular da DHBF, o delegado Giniton Lages afirmou que se a alteração da cena do crime ficar comprovada, os PMs serão indiciados por fraude processual.

"Se é grave não comunicar [a ocorrência], quiçá desfazer o local [de crime]", declarou Lages.

Os pais do menino morto, Luiz André e Patrícia Moraes, prestaram depoimento à DHBF na tarde desta segunda, no qual reafirmaram que não houve confronto com traficantes de drogas e que os PMs já chegaram à comunidade atirando. Os relatos batem com os de outras três testemunhas do caso - apenas os dois policiais envolvidos na ocorrência sustentaram, em seus depoimentos, que revidaram a disparos efetuados pelos traficantes.

G1

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