A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF),
que investiga a morte de Matheus Moraes, de 5 anos, baleado na cabeça na tarde
de sábado (2), em Magé,
já tem indícios de que os policiais militares acusados de atirar no menino
alteraram a cena do crime. Os policiais foram presos administrativamente por 48
horas e a corregedoria da PM vai apurar o caso.
Os PMs afirmaram que patrulhavam a região e se depararam
com criminosos, dando início à troca de tiros. Porém, um vídeo feito por um
morador, que já está sendo analisado pela Polícia Civil, mostra um dos PMs
recolhendo cápsulas das balas disparadas durante o suposto tiroteio.
O policial sabe que está sendo filmado, mas ainda assim
exibe as cápsulas recolhidas para a câmera. Revoltados, os moradores questionam
a ação dos PMs, e em seguida é possível ver marcas de sangue de Matheus no chão.
Perícia
Na tarde desta segunda, agentes da especializada realizaram uma perícia
complementar no local do crime, uma rua de acesso à comunidade da Lagoa.
Titular da DHBF, o delegado Giniton Lages afirmou que se a alteração da cena do
crime ficar comprovada, os PMs serão indiciados por fraude processual.
"Se é grave não comunicar [a ocorrência], quiçá
desfazer o local [de crime]", declarou Lages.
Os pais do menino morto, Luiz André e Patrícia Moraes,
prestaram depoimento à DHBF na tarde desta segunda, no qual reafirmaram que não
houve confronto com traficantes de drogas e que os PMs já chegaram à comunidade
atirando. Os relatos batem com os de outras três testemunhas do caso - apenas
os dois policiais envolvidos na ocorrência sustentaram, em seus depoimentos,
que revidaram a disparos efetuados pelos traficantes.
G1
Na tarde desta segunda, agentes da especializada realizaram uma perícia complementar no local do crime, uma rua de acesso à comunidade da Lagoa. Titular da DHBF, o delegado Giniton Lages afirmou que se a alteração da cena do crime ficar comprovada, os PMs serão indiciados por fraude processual.
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