quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Pezão acerta transferência dos restaurantes populares para a prefeitura do Rio



O governador Luiz Fernando Pezão afirmou, nesta quarta-feira (4/1), que acertou a transferência da gestão dos oito Restaurantes Cidadão localizados na Cidade do Rio para a prefeitura. As unidades de Bangu, Bonsucesso, Campo Grande, Centro, Irajá, Jacarepaguá, Madureira e Méier representam um custo anual de R$ 29 milhões e o Estado, que passa por grave crise financeira, enfrenta dificuldades para a manutenção do serviço. Atualmente, são servidos 6.750 cafés da manhã e 20.613 refeições nestas unidades. A prefeitura também assumirá o café da manhã popular servido em quatro estações de trem (Bangu, Campo Grande, Santa Cruz e Bonsucesso).

- Ainda no dia da posse, o prefeito Marcelo Crivella me pediu para receber os restaurantes populares e eu autorizei no mesmo momento. O que eu quero é parceria. O Estado sozinho não sai dessa crise - afirmou o governador.
 
Ainda de acordo com Pezão, o Estado tem se esforçado para regularizar o pagamento do funcionalismo. O Tesouro Nacional, no entanto, tem feito bloqueios constantes dos cofres estaduais.
 
- Estou fazendo tudo que está ao meu alcance. Eu corro atrás de recursos o dia inteiro, tenho me empenhado. Ontem à noite, conseguimos uma liminar da ministra Carmem Lúcia para poder pagar o servidor amanhã (quinta-feira). É uma luta constante. Hoje, tentaremos outra, porque amanhã já estou ameaçado de novo bloqueio do Tesouro Nacional. O Rio está em calamidade financeira. É sobre-humano o que estamos passando aqui. Eu não quero tirar as minhas falhas, os meus erros, mas é sobre-humano o embate que a gente tem com a equipe econômica do governo federal. É muito difícil – destacou o governador.
 
Pezão ressaltou, ainda, que, nas últimas cinco semanas, esteve em Brasília na tentativa de aprovar o projeto de ajuste fiscal dos estados.
 
- Nós precisamos fazer ajustes. Não sou contra as contrapartidas. Já tinha tomado as medidas aqui e tentado votar outras. Acho que o presidente da República podia ter sancionado o projeto, o Ministério da Fazenda, regulamentado as contrapartidas dos estados e cada Assembleia estadual aprovasse os seus planos de ajuste – defendeu.

O governador explicou ainda que vetou a destinação do saldo expirado, após um ano, do bilhete único intermunicipal para o Fundo Estadual de Transportes porque existe uma ação na Justiça questionando o uso desses recursos. Ele disse ainda que não pode destinar esses recursos ao Fundo Estadual de Transporte porque não há lei que regule a transferência.
 
- Esse dinheiro é do usuário. Eu vetei essa parte do projeto porque esse dinheiro pertence ao usuário, e o Estado não pode sequestrá-lo. Existe hoje uma ação do Ministério Público e do Tribunal de Justiça contra a Fetranspor por conta disso - disse.

Pezão disse ainda que espera que a Assembleia Legislativa elabore um projeto de lei para que os R$ 90 milhões hoje bloqueados no sistema da Fetranspor sejam utilizados para subsidiar o Bilhete Único Intermunicipal.
 
- Se os deputados conseguirem o recurso para o Estado, eu acho ótimo. O que eu mais preciso é de recurso. Eles têm que fazer uma lei na Assembleia para isso. Não posso transferir, porque não há uma lei que me autorize. 


COMPARTILHE

Curta Nossa Página no Facebook

Compartilhe

CURTA A NOSSA PÁGINA