quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mais duas vereadoras são cassadas pela Justiça Eleitoral em Campos

De sexta (13) até terça (17), sete vereadores foram cassados na cidade


As vereadoras Linda Mara Silva (PTC) e Cecíclia Ribeiro Gomes (PT do B) foram cassadas pela Justiça Eleitoral em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O juiz Eron Simas, da 76ª zona eleitoral do município, proferiu nesta terça-feira (17) a sentença que anula os votos das parlamentares e as deixam inelegíveis por oito anos. A decisão cabe recurso e as defesas das vereadores já afirmaram que vão recorrer.
De sexta (13) a terça-feira (17), sete vereadores foram cassados em Campos pelo crime de compra de votos na Operação Chequinho. Outros quatro parlamentares já foram julgados e aguardam a setença. 
Linda Mara chegou a ser presa em uma das fases da operação “Chequinho”. Ela foi encontrada pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 31 de outubro, cinco dias após o mandado de prisão ser expedido. Então vereadora eleita, ela foi encontrada após denúncia anônima. Devido ao processo, Linda Mara não chegou a ser diplomada e empossada na Câmara de Vereadores. Ao contrário de Cecília Ribeiro Gomes, que foi empossada no dia 1º de janeiro.
Na semana passada, Roberto Pinto (PTC), Jorge Rangel (PTB) e Ozéias (PSDB) também foram condenados no que o juiz classificou como “um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país. Pior: tudo às custas de dinheiro público”. Nesta segunda-feira (16), também foram condenados Jorge Magal (PSD) e Miguelito (PSL).
Já foram julgados e aguardam sentenças Thiago Virgílio (PTC), Vinicius Madureira (PRP), Thiago Ferrugem (PR) e Kellinho (PR).
Nota da Câmara
A Câmara de Vereadores de Campos divulgou nesta terça-feira (17) uma nota oficial sobre as condenações de cinco vereadores eleitos no pleito do ano passado. Segundo a nota, assinada pelo presidente da casa, Marcão (Rede), a Câmara ainda não foi comunicada formalmente das decisões do juiz Eron Simas.

Ainda de acordo com o texto, a Casa de Leis tem compromisso com a legalidade permanecerá atenta aos fatos noticiados pela imprensa. A nota finaliza explicando que assim que for comunicada oficialmente, a Câmara vai cumprir imediatamente o teor das decisões judiciais.
Operação Chequinho
O que evidenciou aquilo que depois foi classificado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como “escandaloso esquema”, foi a prisão do então vereador Ozéias em Travessão, no dia 29 de agosto do ano passado. Ele estava com R$ 27 mil, além de agenda com dados de possíveis eleitores, lista de material de construção e anotações sobre o programa da Prefeitura.

A partir daí, Polícia Federal, MPE e a Justiça Eleitoral iniciaram uma série de operações, inclusive com apreensões de documentos em órgãos da Prefeitura, prisões de vereadores eleitos e de mandato, além de ex-secretários, como o ex-governador Garotinho (PR), acusado de liderar o “esquema”.
Dos 25 parlamentares de Campos, 11 são citados nas investigações da Operação Chequinho da Polícia Federal, sobre o uso do Cheque Cidadão para a compra de votos. Dos 11 vereadores eleitos ou reeleitos citados na investigação, cinco chegaram a ser presos, entre eles, Miguelito (PP), Ozeias (PSDB), Linda Mara (PTC), Kellynho (PR) e Thiago Virgílio (PP). Todos foram soltos e ouvidos em audiências da Justiça.
G1

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