segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Spray nasal garante proteção contra as cepas do Sars-CoV-2 por até 8 horas

 

Foto: ThorstenF /Pixabay 




Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, criaram um spray nasal que protege contra todas as variantes do Sars-CoV-2 por até pelo menos oito horas. A novidade é descrita em um artigo disponibilizado em pré-print no dia 28 de dezembro de 2021, que ainda deverá ser revisado por pares.

Mesmo que não possa ser considerado uma vacina, o spray funciona como um tratamento preventivo que oferece proteção a curto prazo. Trata-se de uma aplicação intranasal da molécula TriSb92, desenvolvida pela equipe para inativar a proteína spike do coronavírus, utilizada por ele para invadir as células.

A molécula tem como alvo a região da proteína spike que sofre pouca mutação, sendo comum a todas as variantes. Assim, seja da cepa Ômicron, Delta ou o Sars-CoV-2 original, o vírus é impedido de infectar as células assim que uma dose modesta do spray é administrada.

A ação do produto é imediata e foi testada em camundongos durante testes de laboratório. Os experimentos mostraram que a molécula protege contra infecções por "pelo menos oito horas, mesmo em casos de alto risco de exposição".

A ideia é que o produto seja usado de complemento por pessoas com alto risco de infecção mesmo que vacinadas. "Esses tipos de moléculas que previnem infecções, ou medicamentos antivirais, não podem substituir as vacinas na proteção da população contra a doença do coronavírus", pondera Kalle Saksela, professor que participa da pesquisa, em comunicado.

O tratamento pareceu ser seguro e não foi associado a nenhum dano perceptível nos animais. Porém, o spray ainda deverá passar por mais estudos e testes em seres humanos para chegar à população. Saksela afirma de antemão que a tecnologia do spray é barata e altamente fabricável.

Em entrevista ao site Gizmodo, ele diz que, se os resultados continuarem promissores, o produto poderá ser utilizado mesmo após o fim da atual pandemia de Covid-19. “Ele também funciona contra o agora extinto vírus Sars, então também pode servir como uma medida de emergência contra possíveis novos coronavírus Sars-CoV-3 e Sars-CoV-4)", conta o cientista.

Galileu

 


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