Produtores têm até esta segunda-feira (7/12) para o envio de amostras
O objetivo do concurso é incentivar no estado a produção de cafés especiais,
que são aqueles grãos cultivados e colhidos em condições excepcionais. O café
será submetido à análise de especialistas, que usarão a metodologia de
avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA). Utilizado
mundialmente, o modelo permite notas mínimas a partir de 80 e máximas de 100
pontos.
A primeira etapa do concurso já começou, e os produtores têm até a próxima
segunda-feira (7/12) para envio das amostras. O evento principal será no dia 23
de janeiro, com as premiações, leilão virtual dos dez cafés finalistas e
rodada de negócios com os melhores produtos selecionados na etapa
classificatória.
- Nosso estado tem potencial para ampliar sua produção de café, principalmente
dessas safras especiais. A Secretaria de Agricultura vem trabalhando para fomentar
essa produção com os recursos do Agrofundo e também oferecendo apoio técnico
desde o pequeno ao grande produtor, por meio da Emater-Rio e da Pesagro-Rio. O
café do nosso estado é de grande qualidade e ajuda a movimentar a agricultura
fluminense – destaca o secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz.
O produtor Manoel Felipe Medeiros de Faria, de 33 anos, cultiva cafés em
Varre-Sai, no Noroeste Fluminense. Ele é o responsável pela Fazenda Pinheiro,
que está participando do concurso e que recentemente ficou em segundo lugar na
categoria Melhor Café Torrado para Expresso em outra competição.
- Minha família sempre foi produtora de café, e há três anos começamos a
produção de café especial também. Hoje já conseguimos cafés notáveis e com ótima
qualidade. O diferencial do café especial vai desde o plantio, tratos
nutricionais, forma de cultivo, pós-colheita, seleção dos grãos, até chegarmos
a um nível de excelência da bebida. O prêmio foi uma verdadeira surpresa! Estou
com grande expectativa para essa nova disputa e espero ganhar. Acredito que os
concursos são uma grande vitrine para mostrar o potencial dos nossos cafés –
aposta Manoel.
A produção de cafés no estado do Rio reúne 2.644 cafeicultores - a maioria de
pequenos produtores - e gera uma receita anual de R$ 75,8 milhões a partir dos
grãos cultivados em solo fluminense.
- Os produtores estão organizados no Arranjo Produtivo Local (APL) de Cafés
Especiais. São dois polos: nas regiões Noroeste e Serrana. Além de ser a
retomada de uma atividade tradicional na história do estado, que muito
colaborou para as finanças do Brasil, a produção de cafés de qualidade está
contribuindo para a diversificação da economia fluminense – ressaltou o
secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Nelson Furtado.
Da produção estadual, 80% ocorre no Noroeste Fluminense, 19% na Região Serrana
e 1% no Vale do Café e em outros municípios. O Rio de Janeiro produz uma média
de 400 mil sacas de café por ano. Mais informações sobre o concurso, que também
tem o apoio da Emater-Rio, podem ser obtidas na página www.ascarj.com.br/concursos/.
- A previsão de colheita para este ano é de cerca de mais 400 mil sacas. O
concurso destina-se a mostrar que a cafeicultura do estado do Rio de Janeiro
tem produzido cafés maravilhosos, superiores e gourmets, com destaque para os
especiais - explicou o superintendente de Marketing da Ascarj, Daniel Mac Mahon
Bastos Daniel.
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