segunda-feira, 7 de junho de 2021

Ex-prefeito de Carmo (RJ) é preso por suspeita de fraude em licitação

Outras sete pessoas também foram detidas nesta segunda-feira


Município de Carmo


O ex-prefeito da cidade de Carmo, na região Serrana do Rio de Janeiro, Paulo Cesar Ladeira, foi preso nesta segunda-feira (7), acusado de superfaturar contratos de limpeza urbana, firmados durante a sua gestão. Outras sete pessoas, que fariam parte da quadrilha que desviou os recursos públicos, também foram detidas pela força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil. 

Ladeira já havia sido preso anteriormente, na primeira fase da operação, por lavagem de dinheiro. Na ocasião, os agentes encontraram quase R$129 mil enterrados em um sítio do ex-prefeito, supostamente provenientes das propinas.

A investigação começou após o Tribunal de Contas do Estado encontrar diversas irregularidades na licitação que contratou a empresa de limpeza urbana, como a falta de publicidade do certame. Em suas conclusões, o TCE-RJ também apontou indícios de superfaturamento superior a R$ 5,6 milhões, porque o contrato tinha valor muito acima do usual, e previa a compra de insumos em quantidade bastante excedente ao necessário.

Como esta empresa também estava sendo investigada por fraudes no Espírito Santo, o contrato foi rompido pela prefeitura que, no entanto, contratou outra dos mesmos donos, para manter o esquema.

As investigações mostram ainda que esses empresários também pagavam propinas a vereadores da cidade de Carmo, para garantir a aprovação de projetos de lei de seu interesse. Essas denúncias ainda estão sendo aprofundadas.

Além dos oito mandados de prisão, foram emitidos 14 de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos no esquema criminoso, também nas cidades de Macaé, Campos dos Goytacazes, São Fidélis e Ubá, esta última em Minas Gerais.

A 1ª Vara Criminal Especializada da capital decretou ainda o sequestro dos bens móveis e imóveis pertencentes aos denunciados, além de criptomoedas que, segundo apontam as investigações, estariam sendo utilizadas pelos investigados para a lavagem do dinheiro obtido com as ações criminosas.


A.Brasil

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