O Ministério da Saúde está
preparando uma campanha de vacinação contra o sarampo, que deverá ser iniciada
em todo o país no dia 10 de junho. A informação foi confirmada pelo próprio
ministério.
Neste
ano, o ministério já confirmou 83 casos de sarampo no país, sendo 43 deles no
Pará, 27 em São Paulo, quatro no Amazonas, três em Santa Catarina, três em
Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro e um em Roraima. Deste total, 27 são
autóctones e todos eles de residentes no Pará. Os demais casos foram importados
de outro país ou ainda não foi possível identificar a fonte de infecção. De
janeiro a maio do ano passado, o ministério havia notificado 117 casos de
sarampo no país, com dois óbitos.
Dos
casos importados, 19 deles ocorreram em um surto da doença dentro de um navio
de cruzeiro em Santos, no litoral paulista. O mesmo navio também provocou três
casos de sarampo em Santa Catarina e um caso no Rio de Janeiro.
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O sarampo
O
sarampo é uma doença infecciosa, viral e contagiosa, transmitida pela fala,
tosse e espirro. Os sintomas da doença são febre alta [acima de 38,5º C],
tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa
bucal. A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina que protege
contra a doença é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e
rubéola.
As
complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites,
doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar
sequelas, tais como a diminuição da capacidade mental, a cegueira, a surdez e o
retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças
e adultos.
Em
2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o certificado
de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Em março deste ano, no
entanto, o Ministério da Saúde confirmou à Opas um caso de sarampo endêmico
ocorrido no Pará, no mês de fevereiro. Com isso, o Brasil perderá a
certificação de país livre da doença e precisará iniciar um plano para retomar
o título dentro de 12 meses.
Segundo
o ministério, o governo federal estabeleceu a cobertura vacinal como meta
prioritária da gestão de saúde no país. Nessa agenda de prioridades, o
ministério lançou, em abril, o Movimento Vacina Brasil, buscando reverter o
quadro de queda das coberturas vacinais no país dos últimos anos.
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