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A aprovação
da privatização da Cedae foi uma das
principais exigências do Governo Federal
Ft: Thiago Lontra
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Deputados estaduais,
federais e trabalhadores de estatais se reuniram na Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no último dia 1 para debater propostas de
privatização anunciadas pelo Governo Federal. A audiência pública lotou o
plenário da Casa com integrantes da Eletrobras, Furnas, Cedae, Casa da Moeda e
de petroleiras, foi promovida pelas comissões de Trabalho e de Economia da
Casa.
O deputado Paulo Ramos
(PSol), presidente da comissão de Trabalho, criticou a venda dessas empresas
para a iniciativa privada. “Privatizar as estatais é uma perda para o Estado,
representa precarização do trabalho, queda na qualidade do serviço e mais
desemprego. Em contrapartida, não vemos os investimentos em saúde, segurança, e
educação prometidos com esses recursos", disse o parlamentar.
Privatização
da Cedae
A aprovação da
privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae)
foi uma das principais exigências do Governo Federal como contrapartida ao
plano de recuperação fiscal do estado. O socorro financeiro à economia
fluminense permite que o estado suspensa o pagamento da dívida do estado com o
Governo Federal durante três anos, além de autorizar empréstimos emergenciais.
De acordo com João
Marcos Andrade, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do
Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Staecnon), a venda da empresa
afeta cerca de 33 mil famílias. Para o líder sindical, as mudanças trazem
incertezas para o atual quadro de funcionários.
“Hoje em dia,
trabalhamos sem perspectiva. Não sabemos qual será o nosso futuro dentro da
empresa e, consequentemente, como será o futuro de nossas famílias”, afirmou
João Marcos. Ele afirmou que em outros pontos do estado, como na Região dos
Lagos, em que o sistema de águas e esgoto já foi privatizado, houve um aumento
de até 300% nas contas dos consumidores.
Próximos
passos
Diante do grande número
de pessoas presentes na audiência pública, o deputado Paulo Ramos anunciou que
será marcada uma nova reunião para debater o tema.
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