segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Especialistas alertam pais sobre riscos de brinquedos com Inteligência Artificial

Foto: Reprodução / Pixabay


Um novo alerta dirigido a pais e responsáveis chama atenção para os riscos associados ao uso crescente de brinquedos equipados com inteligência artificial (IA). Segundo pesquisadores e entidades internacionais de proteção ao consumidor, esses dispositivos,  que vão de ursos falantes a robôs interativos podem representar ameaças à segurança, privacidade e ao desenvolvimento emocional das crianças.

Estudos recentes indicam que, embora esses brinquedos funcionem de maneira aparentemente segura em interações curtas, suas barreiras de proteção digital podem falhar durante conversas prolongadas. Em alguns casos analisados, os assistentes embutidos chegaram a fornecer instruções inseguras, como orientar sobre o uso de facas, acender fósforos ou acessar objetos perigosos. Há também relatos de respostas com teor sexualizado, totalmente inadequadas ao público infantil.

Além dos riscos comportamentais, especialistas destacam a preocupação com a coleta de dados. Muitos brinquedos inteligentes possuem microfones, câmeras e conexão constante à internet, registrando vozes, imagens e informações pessoais. Esses dados são enviados a servidores e podem ser usados para análise de comportamento ou direcionamento comercial, sem transparência suficiente para as famílias.

Psicólogos apontam também possíveis impactos no desenvolvimento socioemocional. O vínculo que crianças podem criar com “companheiros artificiais” pode afetar habilidades como empatia, comunicação e construção de relações humanas reais, especialmente quando há substituição de interações sociais por diálogos contínuos com máquinas.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que pais adotem medidas preventivas: supervisionar o uso desses brinquedos, limitar o tempo de interação, revisar políticas de privacidade e optar por modelos que não exijam transmissão constante de dados. Entidades de defesa do consumidor também reforçam a necessidade de maior regulação e transparência por parte das empresas que desenvolvem produtos infantis com IA.

Com o avanço acelerado da tecnologia, profissionais das áreas de educação, saúde e segurança digital defendem que a proteção da infância deve ser prioridade. O debate sobre o uso ético e seguro da inteligência artificial voltada para crianças segue em expansão, reforçando a importância da conscientização e da atuação conjunta entre famílias, fabricantes e órgãos reguladores.

C/ Extra

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