Toda vez que a chuva cai forte, os mesmos pontos da cidade se transformam em verdadeiros rios urbanos. Bueiros entupidos, ruas inundadas e o trânsito paralisado parecem fazer parte de um ciclo sem fim. Mas por que, ano após ano, ruas e bueiros continuam à mercê da água da chuva?
Especialistas em urbanismo e gestão pública apontam que a manutenção preventiva de bueiros e galerias pluviais é uma das formas mais eficazes de evitar alagamentos. Bastaria a limpeza periódica, a manutenção das redes de drenagem e a fiscalização constante para reduzir drasticamente o problema.
No entanto, cidades de todo o país parecem priorizar soluções paliativas: obras emergenciais, enchentes isoladas e remoções pontuais. Por que investir em prevenção, se o custo é imediato, enquanto os impactos negativos de não agir aparecem apenas em dias de chuva forte?
A população sente na pele as consequências: prejuízos materiais, riscos à saúde e à segurança, e a sensação de impotência diante de administrações que, muitas vezes, parecem tratar os alagamentos como um problema inevitável.
Cabe a cada cidadão questionar: estamos diante de uma questão de limitação orçamentária ou de escolhas políticas? Por que nossas cidades aceitam áreas alagadas como parte do “cenário urbano”, em vez de agir antes que a água tome nossas ruas?
Enquanto a chuva não escolhe hora nem lugar, a decisão de prevenir alagamentos continua sendo administrativa e, sobretudo, humana. Talvez seja hora de perguntar, e exigir respostas sobre o que é prioridade de verdade.
Por Redação
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