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| Tomaz Silva / Agência Brasil |
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou a anulação de três questões do Enem 2025 após identificar similaridades entre itens da prova e conteúdos que circulavam na internet antes da aplicação do exame. A decisão foi tomada depois que candidatos apontaram, nas redes sociais, que determinados enunciados seriam parecidos com materiais divulgados em transmissões ao vivo poucos dias antes da segunda etapa da avaliação.
Segundo o Inep, embora tenham sido constatadas semelhanças pontuais, nenhum dos itens anulados correspondia integralmente às questões que apareceram nos vídeos. A instituição afirma que a medida foi adotada por precaução, com o objetivo de preservar a isonomia entre os participantes e garantir a credibilidade do exame, que é hoje a principal porta de entrada para universidades públicas e privadas do país.
A possível antecipação de conteúdos levou o Inep a acionar a Polícia Federal, que já iniciou uma investigação para apurar se houve quebra de sigilo ou divulgação indevida de itens do Banco Nacional de Itens (BNI). A PF deverá analisar a origem das informações compartilhadas, eventuais responsabilidades e se houve conduta intencional para interferir na segurança do exame.
O instituto também reforçou que as questões do Enem passam por um processo de pré-teste antes de serem selecionadas para compor a prova oficial. Nessa etapa, estudantes têm contato prévio com itens ainda em avaliação, o que pode explicar a semelhança entre formatos ou temas, embora não justifique a circulação de conteúdos tão próximos aos aplicados no exame.
Apesar da anulação dos três itens, o Inep afirma que a estrutura da prova e o cálculo das notas, baseados na Teoria da Resposta ao Item (TRI), permanecem válidos e que a decisão não compromete a integridade geral do exame. A expectativa é de que a investigação da Polícia Federal esclareça se as divulgações foram fruto de falhas no sistema de segurança ou de ações deliberadas.
C/ Agência Brasil
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