Um dos clubes mais endividados do futebol brasileiro hoje é o Botafogo e as dificuldades extracampo atingem elenco e o técnico Eduardo Barroca dentro das quatro linhas. Atraso de salários e direitos de imagem e falta de investimento para trazer grandes nomes do mercado limitam as chances de título do Glorioso nas principais competições, embora o jovem treinador esteja fazendo um excelente trabalho no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul-Americana.
A grave crise financeira em General Severiano, todavia, pode estar com os dias contados. Na última sexta-feira (26), os irmãos Walter e João Moreira Salles, por meio da empresa de auditoria Ernst & Young e o escritório Trengrouse Advogados, apresentaram um plano de recuperação econômica aos dirigentes do Botafogo.
De acordo com o jornal O Globo, a proposta prevê a criação de uma S/A (a Botafogo S/A, no caso) para gerir somente o futebol e quitar até R$ 350 milhões das dívidas do clube. O presidente Nelson Mufarrej e a diretoria deram aval e aprovaram a proposta. Nas redes sociais, os torcedores do Glorioso vibraram com a notícia e espalharam a hashtag #assumeMoreiraSalles nos termos mais comentados do Twitter.
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"Nossa intenção não é determinar o destino do Botafogo, mas oferecer opções. Somos torcedores do Botafogo e queremos o melhor para o clube. Acima de tudo, não queremos ser donos do clube ou administrá-lo", declararam os irmãos Salles em entrevista à Rádio Brasil. "Nossa única intenção ao contratar a Ernst & Young foi entregar ao Botafogo, nesse momento tão crítico, um roteiro realista dos caminhos possíveis a serem percorridos. A partir daí, caberá ao clube e aos seus torcedores definir o seu futuro", completaram.
Além de negarem qualquer tentativa de assumir uma eventual presidência do clube, os empresários disseram que o plano obviamente contemplará investimentos para reforços. Em entrevista ao jornalista Rodrigo Capelo, colunista do site GloboEsporte.com, os irmãos Moreira Salles fizeram uma previsão de verba para o clube ir ao mercado a partir de 2020.
"Apesar de não haver previsão de quantias elevadas, algo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões seriam reservados para investimentos em novos jogadores. Os responsáveis pelo projeto entendem que este investimento é necessário para evitar um rebaixamento à segunda divisão, que poderia ser fatal para todo o projeto por reduzir receitas operacionais", responderam os empresários botafoguenses.
90MiN
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